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Reportagem portuguesa sobre a imigração japonesa em São Paulo

É interessante notar como somos vistos no exterior. Esta matéria portuguesa sobre a imigração me pareceu muito interessante:
Brasil: Imigração transformou São Paulo na mais japonesa das cidades fora do Japão - RTP Notícias

Brasil: Imigração transformou São Paulo na mais japonesa das cidades fora do Japão

São Paulo, Brasil, 22 Fev (Lusa) - A imigração japonesa para o Brasil, cujo centenário é assinalado este ano com uma extensa programação comemorativa, transformou São Paulo na mais japonesa das cidades fora do Japão.

Estimativas mostram que há cerca de um milhão de japoneses e seus descendentes na cidade, o que faz com que pelo menos um entre cada dez moradores de São Paulo tenha traços orientais.

A presença japonesa estende-se desde a gastronomia, com dezenas de restaurantes especializados, regiões da cidade especialmente decoradas com símbolos orientais até os media, com jornais publicados em japonês.

Descendente de japoneses, a realizadora brasileira Tizuka Yamasaki salienta que a presença japonesa é tão marcante que chega a fazer parte da paisagem humana da maior cidade brasileira.

"Tem uma comunidade bastante forte, você vê japoneses na rua, faz parte do quotidiano do paulistano", disse Yamasaki, autora de "Gaijin - Os Caminhos da Liberdade" (1980), filme inspirado na imigração de sua própria família.

A região com mais forte influência japonesa é o bairro da Liberdade, na zona central da cidade, com a maior concentração de oferta de iguarias e produtos japoneses.

No início, os primeiros imigrantes escolheram a Liberdade porque quase todas as casas da região tinham caves, e o aluguer de quartos no subsolo era barato.

Actualmente, as ruas da Liberdade, com uma decoração tipicamente oriental, são referência para os descendentes, local de encontro, de manifestações e de feiras livres, com iguarias japonesas.

Na região, é possível adquirir jornais em japonês, como o tradicional São Paulo Shimbum, criado em Outubro de 1946 por imigrantes japoneses.

O início da imigração japonesa ao Brasil decorreu no dia 28 de Abril de 1908, quando o navio Kasado-Maru deixou o porto de Kobe em direcção à cidade de Santos, no litoral do Estado de São Paulo, com 791 japoneses.

Os primeiros imigrantes foram contratados como mão de obra barata para trabalhar nas plantações de café do interior do Estado de São Paulo, depois do fim da escravidão de negros, no final do século XIX.

Após seis meses nas lavouras de café, mais da metade dos imigrantes deixou as propriedades rurais e mudou-se para a capital São Paulo e para outros estados brasileiros, como Paraná e Mato Grosso.

A imigração continuou até ao início da II Guerra Mundial (1939-1945), período em que os japoneses foram vistos com desconfiança no Brasil.

Na época, o Brasil rompeu relações diplomáticas, declarou guerra aos países do eixo (Alemanha, Itália e Japão), e enviou tropas para integrar as forças aliadas na Europa.

Nessa época, os imigrantes sofreram uma série de restrições, com o fecho de escolas, a proibição de jornais em japonês, situação que foi normalizada com a rendição do Japão, em 1945.

Com a derrota na II Guerra, o fluxo migratório foi retomado, dessa vez com a chegada de japoneses para trabalhar nas indústrias.

Na década de 80, com a crise económica brasileira, muitos descendentes de japoneses fizeram o caminho inverso, em busca de melhores oportunidades de vida.

São os chamados dekasseguis, num total de cerca de 300.000, espalhados por várias cidades japonesas e responsáveis actualmente pelo envio de cerca de 600 milhões de dólares por ano.

As celebrações do centenário da imigração incluem mais de 400 eventos, nos dois países, como exposições, festivais de cinema, concertos e seminários, no "Ano do Intercâmbio Brasil-Japão".

O ponto alto das celebrações será a visita do príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão, no dia 21 de Junho, ao Brasil.

Em São Paulo, a artista plástica Tomie Ohtake, um dos mais importantes nomes da cultura japonesa, no Brasil, criou uma escultura em aço de nove metros de diâmetro, em formato de ondas vermelhas, para assinalar o centenário.

A obra será instalada nos jardins do aeroporto internacional de São Paulo, que passou a ser no lugar do Porto de Santos, no século passado, o local de entrada dos novos visitantes e imigrantes japoneses.

Na área desportiva, um dos principais destaques dentre os descendentes japoneses é o jogador de ping-pong Hugo Hoyama, recordista brasileiro de medalhas em Jogos Pan-Americanos, com 14 medalhas.

Grupo de Teatro de Bonecos Yukiza no Sesc

Li no blog Identidade Própria sobre esta homenagem de Teatro no Sesc e posto abaixo o texto da produtora Francys Oliva.


JAPÃO-BRASIL 100 ANOS Teatro de Bonecos - Yukiza
SESC Consolação - Dia(s) 27/02, 28/02
Quarta, às 17 e 21h. Quinta, às 21h.


O teatro de bonecos de Edo, grupo Yukiza, foi fundado por Yuki Magosaburo, durante a era Edo, em 1635 e sua história vem se estendendo por mais de 370 anos. Yukiza é o único grupo de teatro de marionetes de tradição no Japão designado Patrimônio Cultural Intangível do Governo Metropolitano de Tóquio e reconhecido como Patrimônio Folclórico Cultural. Espetáculos: Shinpan Utazaimon Nozakimura no Dan (A vila Nozaki) (60min) e Tsuna-Yakata (casa de Tsuna) (30 min).

Exposição sobre Imigração Japonesa em Indaiatuba


Acabo de ler esta notícia no Portal Novidade - Informação e Bons Negócios de Indaiuba, interior de São Paulo. Lembrou-me a blogueira nikkei Luma Kimura, que mora lá.
Tenho amigos nikkeis que moram em Indaiatuba e igualmente parentes de amigos que optaram por ir para aquela cidade, que é nova e foi considerada uma das melhores para se viver. O tamanho médio (174.000 habitantes segundo dados de 2007), situa-se a apenas 90 km da capital paulista e 25 km de Campinas! Mas a proximidade com o Aeroporto Internacional de Viracopos (só 10 km) e a boa infra-estrutura e bons indicadores de qualidade de vida é que tem levado muita gente a optar por esta cidade para viver.
A imigração faz parte da história da cidade, como no geral nas cidades do interior paulista, seguindo a tradição de suas etnias, dedicando-se à agricultura, comércio, oficinas e manufaturas. A partir do final do século XIX Indaiatuba recebeu muitos imigrantes da Suíça, Alemanha, Itália, Espanha e, já no século XX, imigrantes do Japão. Segundo a wikipedia, "com sua economia dividida entre a cultura de café e batata e algumas pequenas fábricas, a cidade cresceu pouco na primeira metade do século XX. Em 1950 havia 11.253 habitantes no município. Em 1964 eram 22.928. A partir daí o crescimento acelerou-se, baseado principalmente na expansão da indústria e de serviços. Em 1991 o censo registrou 92.700 habitantes, número que em 2000 saltou para 146.829, e continua crescendo."
Entrei no site do Museu do Casarão Pau Preto e me surpreendi ao ver como a história do lugar é ligada à comunidade nikkei! As imagens que ilustram este post são de lá e mostram como o espaço foi evoluindo até chegar ao museu atual, das festas da Colônia Japonesa de Indaiatuba, nas imagens sempre com a tulha de café e a caixa d'água da fazenda Pau Preto ao fundo.
Abaixo a nota sobre a exposição em homenagem à imigração japonesa:
Centenário da imigração japonesa é tema de exposição

O ano de 2008 marca o centenário da imigração japonesa ao Brasil. Foi em 18 de junho de 1908 que o navio Kasato Maru atracou em Santos, trazendo 781 pessoas. Um pouco da cultura desta nação pode ser conferida no Museu do Casarão Pau Preto, até o mês de junho. A iniciativa é da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba e faz parte dos eventos comemorativos dos 100 anos da Imigração Japonesa, promovidos pela Prefeitura de Indaiatuba. “Demonstrar, ao menos um pouco, o quanto esta colônia fez por esta terra é a nossa proposta. Ao longo deste ano, estão programados diversos eventos alusivos ao centenário da imigração japonesa”, enfatiza o prefeito de Indaiatuba e presidente do Con-selho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CD-RMC), José Onério da Silva.

Segundo o superintendente da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, Marcelo Alves Cerdan, a mostra foi montada a partir de uma parte do acervo do Museu, que representa a cultura japonesa na cida-de de Indaiatuba. “Temos poucos itens em nosso acervo, porém os painéis contêm informações muito importantes e significativas sobre a saga desses imigrantes”, completa o superintendente.

Serviço:
O Museu do Casarão Pau Preto
Rua Pedro Gonçalves, 477, Jd. Pau Preto
tel.: 19 3875-8383
Horário de visitação: todos os dias das 9h às 21h.

O cinema de Yoji Yamada em cartaz no Centro Cultural São Paulo

Recebi agora newsletter do site Abril no Centenário da Imigração Japonesa e uma das notícias era a dica cultural dos filmes de Yoji Yamada no Centro Cultural São Paulo, um dos meus lugares favoritos na cidade e que fica pertinho da Liberdade.

Segue texto de divulgação:

O cinema de Yoji Yamada em cartaz no Centro Cultural São Paulo
Divulgação
Cena do Filme "O Resgate de Tora-san

O Centro Cultural São Paulo promove, de 12 a 17 de fevereiro, uma mostra com diversos filmes do diretor japonês Yoji Yamada. Veterano do cinema nipônico – em seu currículo constam mais de 100 obras, nas quais assina direções e roteiros –, Yamada é famoso por sua série de filmes “Otoko wa tsurai yo” ["É duro ser homem", em tradução livre], que terá dois episódios exibidos em São Paulo.

“Otoko wa tsurai yo” começou como uma série de TV e se transformou em longa-metragem em 1969, com o ator Kiyoshi Atsumi no papel de protagonista. Conta a história de Torajiro Kuruma (o Tora-san), um personagem temperamental que não tem uma vida estável aos 40 anos e ganha a vida como caixeiro-viajante. Já que seu estilo de vida é algo meio “inaceitável” na sociedade nipônica, em cada filme, ele viaja para algum lugar e, invariavelmente conhece uma jovem por quem se apaixona. Porém, elas sempre preferem outro homem com estabilidade financeira e, resignado, Tora-san retorna para casa, para viver a mesma história no próximo filme.

Foram 48 filmes lançados em 27 anos, todos com o mesmo elenco principal. Na mostra do CCSP, será possível assistir a “Tora-San tira férias” e “O Resgate de Tora-San”. Além destes, estão programadas também as exibições das seguintes obras: “Família”, “Anos Dourados do Cinema”, “Meus Filhos”, “Em Busca do Arco-íris”, “Escola II”, “Escola IV” e “Crepúsculo Seibei – Samurai ao entardecer”.

Os filmes serão exibidos em suporte 35 mm com legendas em português. A idade recomendada é de 14 anos e a entrada é franca, porém é preciso retirar os ingressos uma hora antes de cada sessão.

Serviço:

  • O Cinema de Yoji Yamada
  • Onde: Centro Cultural São Paulo, Avenida Vergueiro, 1000 – Paraíso – São Paulo
  • Quando: De 12 a 17 de fevereiro
  • Quanto: Entrada gratuita. É necessário retirar o ingresso com uma hora de antecedência
  • Fone: (11) 3383-3402
  • Site: http://www.centrocultural.sp.gov.br

Programação:

12/2, terça-feira
16h – Família (Kazoku, Japão, 1970)
18h – Anos dourados do cinema (Kinema no Tenchi, 1986)
20h – Tora-San tira férias (Otoko wa Tsuraiyo - Torajiro no Kyujitsu, 1990)

13/2, quarta-feira
16h – Meus Filhos (Musuko, 1991)
18h – O Resgate de Tora-San (Otoko Wa Tsuraiyo: Torajiro Kurenai no Hana, 1995)
20h – Em Busca do Arco-íris (Niji o Tsukamu Otoko)

14/2, quinta-feira
16h – Escola II (Gakko II, 1996)
18h – Escola IV (Issai Gakkou IV, 2000)
20h – Crepúsculo Seibei - Samurai ao entardecer (Tasogare Seibei, 2002)

15/2, sexta-feira
16h – Escola IV (Issai Gakkou IV, 2000)
18h – Escola II (Gakko II, 1996)
20h – Meus filhos (Musuko, 1991)

16/2, sábado
16h – Em busca do Arco-íris (Niji o Tsukamu Otoko, 1996)
18h – Tora-San tira férias (Otoko wa Tsuraiyo - Torajiro no Kyujitsu, 1990)
20h – O resgate de Tora-San (Otoko Wa Tsuraiyo: Torajiro Kurenai no Hana, 1995)

17/2, domingo
16h – Crepúsculo Seibei - Samurai ao entardecer (Tasogare Seibei, 2002)
18h15 – Família (Kazoku, 1970)
20h – Anos dourados do cinema (Kinema no Tenchi, 1986)

Duas musas japonesas no Carnaval de São Paulo

Ver duas "japonesas" (uma nikkei e uma nihonjin) entre as musas do carnaval 2008 me deixou contente. São do site G1.
Preconceitos, discussões sobre a conduta ou outros fatores eu deixo de lado, posto as fotos e cada um com sua opinião, ok? ;)

A Nihonajin Yuka-chan na Unidos de Vila Maria

A nikkei Sabrina Sato na Gaviões da Fiel

Carnaval de São Paulo homenageia imigração japonesa

Não assisti ao vivo nem na TV, porque sinceramente não sou muito fã de carnaval, mas encontrei agora no youtube imagens do desfile que homenageou o centenário da imigração. Posto abaixo:

Primeira parte

Segunda parte


No site da Globo.com tem uma matéria interessante, com direito a vídeo bem editado, mas só é possível assistir lá. O texto, no entanto, eu colo aqui:

(colagem sobre fotos de Marcos Ribolli, do site G1)

Com desfile imponente, Vila Maria homenageia imigração japonesa Escola levou para avenida carro em formato de samurai. Cores fortes e roupas feitas com tecidos vindos do Japão foram apresentados.
Isabela Noronha e Luísa Brito Do G1, em São Paulo

O mistério e a beleza da cultura japonesa foram mostrados em uma explosão de cores e brilho pela Unidos de Vila Maria, terceira escola a desfilar na primeira noite do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo.

A escola, que terminou a apresentação em 62 minutos, fez uma homenagem ao centenário da imigração japonesa, com o enredo “Irashai-Mase [bem-vindo, em japonês], Milênios de Cultura e Sabedoria no Centenário da Imigração Japonesa”.

A Vila Maria levou para a avenida uma mistura de cores fortes e fantasias cheias de detalhes, feitas com tecidos exclusivos vindos do Japão. Nem o presidente da escola, Paulo Sérgio Ferreira, escapou do traje japonês. Uma chuva de papel prateado fez o espetáculo visual ainda mais bonito.

Os 5 mil componentes entraram no Sambódromo do Anhembi com o rosto maquiado. O refrão "A bateria tá aí, vem ver" animou o público, que cantou junto com a escola. Uma chuva de papel prateado fez o espetáculo visual ainda mais bonito. Até o casal de mestre-sala e porta-bandeira, vestido com roupas com grandes plumas azuis, se apresentou com os rostos pintados.

Entre os destaques estava o carro alegórico em formato de um samurai. O abre-alas tinha uma imagem do tori, o portal sagrado da cultura oriental. Vários carros apresentavam bonecos que se movimentavam ao longo da avenida.

A escola foi tão atenta aos detalhes do desfile que até a pele dos tambores dos sambistas possuiam imagens de templos japoneses.

Outro trunfo da escola foi a rainha de bateria, Valeska Reis, de 22 anos, que também é a rainha do carnaval de São Paulo.

Caracterizado como uma gueixa, o drag queen Eudes tentava equilibrar a enorme "peruca" durante a concentração. “É uma roupa estilizada e desenhada para este carnaval”, explicou o carnavalesco da escola, Wagner Santos. Mas ele garantiu que a fantasia não é pesada. “É toda feita no strass e no arame vazado para não pesar”, disse.

Segunda colocada do Grupo Especial de 2007, a Unidos de Vila Maria traz para este desfile cinco carros alegóricos, número máximo permitido pela comissão julgadora. Cada um deles tem, em média, 50 metros de extensão. A exceção é o abre-alas, o maior carro levado ao Anhembi este ano, com 110 metros de comprimento.

Surpresa de madrinha

A madrinha de bateria da Unidos da Vila Maria, a dançarina japonesa Yuka Chan, de 36 anos, fez uma surpresa para o público.

Yuka estava vestida com um quimono e, quando a bateria recuou, ela tirou a roupa e ficou de biquíni. A dançarina mora em Taubaté, mas fica de quatro a cinco meses todos os anos no Japão. "Fiquei muito feliz em ter sido convidada porque gosto muito de samba e do Brasil", disse.

Ela já desfilou sete vezes em escolas de samba do Rio de Janeiro e, em 2003, saiu pela Rosas de Ouro. Para o desfile da Vila Maria, ela disse estar "ansiosa, mas não nervosa". A escola de samba tomou muito cuidado com os detalhes. Os integrantes da diretoria desfilam com blusas que imitam quimonos ou camisas de golas altas, no estilo japonês.

O carro abre-alas da Unidos da Vila Maria, chamado "Milênios de Cultura e Sabedoria", foi dividido na chegada da escola à dispersão para não atrapalhar a saída dos componentes. Com 110 metros, o abre-alas da Vila Maria foi um dos maiores carros entre todas as escolas do Grupo Especial.

Os integrantes da escola correram para retirar quatro grandes bonecos do carro, que saiu da avenida com 34 minutos de desfile.
Com o fechamento dos portões, os integrantes da escola começaram a comemorar aos gritos de “é campeã, é campeã”. O presidente da escola, Paulo Sérgio Ferreira, o Serginho, também estava confiante no título. “Eu acho que é a favorita, os outros que corram atrás”, afirmou.

Com quase 4.900 componentes, a escola fez um rígido controle do tempo para não perder pontos por atraso. Ao longo do desfile, dez diretores de cronômetro marcavam o tempo e se comunicavam via rádio para que as alas evoluíssem no tempo correto.

Com a imigração, somos filhos de uma só nação

Irashai-mas é uma das frases em japonês que o samba da Unidos de Vila Maria canta neste ano. A escola de samba paulista, vice-campeã em 2007, aposta na imigração japonesa para faturar o título deste ano. A escola vai apresentar o enredo "Irashai-Mase, milênios de cultura e sabedoria no centenário da imigração japonesa". O desfile acontece hoje no Sambódromo do Anhembi em São Paulo.
Da letra, que posto abaixo, gostei de uma frase:

Com a imigração, somos filhos de uma só nação


Unidos de Vila Maria - Samba-Enredo 2008
Dão, Veia, Martins, Nando e Moleque Pára

"Irashai-mase, milênios de cultura e sabedoria no
centenário da imigração japonesa"

Estrelas vão brilhar
Vila Maria vai passar
Irashai-Mase a este povo do Oriente
Da terra do sol nascente

Abrem-se os portais
Das tradições, de uma cultura milenar...
Preservam seu jardim oriental e a arte de cultivar
Na religião, celebração, a cerimônia do chá
No Ocidente se tornou realidade
A conquista do tratado da amizade
E com a honra de um samurai guerreiro
Cruzou os mares rumo ao solo brasileiro

Pra massa toda aplaudir
A bateria ta aí... Vem ver

E vamos comemorar
O centenário brindar... Saquê

Em sua criação, gentileza tem rosto de mulher
Símbolos da sorte que anunciam devoção e muita fé
O shodô não se apagou!
A arte deu movimento à vida!
No plantio do algodão, ô terra boa que se planta dá
Na culinária, requinte em nossa mesa
Pratos com toque de beleza
A evolução da tecnologia
Dá asas a imaginação, presente em nosso dia-a-dia
Com a imigração, somos filhos de uma só nação
Arigatô a essa parceria
Brasil, Japão que alegria...

Final do concurso de cosplay


No final de 2007 eu estava saindo do Shopping Anália Franco e encarei a saída do Anime Dreams. Foi uma experiência única ver todos aqueles cosplay reunidos! Apesar de lembrar deles nas proximidades das estações Shinjuku e Shibuya em Tokyo e ver tantas citações (nem sempre de bom gosto) deles nos seriados americanos, vê-los ao vivo e numa cidade brasileira é uma novidade com a qual ainda não acostumei bem. Mas meus filhos adoram, até porque eles brincam muito de cosplay com suas fantasias de heróis.
Neste final de semana acontece a final da Yamato Cosplay Cup, concurso que escolhe as melhores fantasias e apresentações no palco.
Quem não lembra do que se trata, pode entender melhor esta mania na comunidade Cosplay Brasil. Para os mais corajosos, dêem uma passadinha no SoGo, conjunto de lojas na rua Galvão Bueno, a 50m da estação Liberdade de metrô no centro de São Paulo. Lá, em lojas como a Hellayu! Cosplay pode-se ver como estes jovens levam a sério sua paixão por desenhos animados - animês e mangás - japoneses.
Gostei deste trecho da definição do Wikipedia:

A palavra 'cosplay' é uma espécie de abreviação para "costume play" (costume = roupa / traje / fantasia e play = atuar). Ou seja, o cosplayer se caracteriza como um personagem de algum livro, mangá, jogo ou filme que queira homenagear; representa a personalidade deste; e em alguns eventos pode até mesmo competir com outros cosplayers em concursos, embora o grande barato e diversão sejam a exposição e o contato social gerado dentro do ambiente. UM dos principais objetivos deste Hobby é fazer amigos.

Posto abaixo notícia do site da Abril.

Considerado o segundo maior evento do gênero da América Latina, o Anime Dreams chega à quinta edição, que acontece entre os dias 24 e 27 de janeiro no campus Anália Franco da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), em São Paulo. Entre outras atividades, haverá a final da Yamato Cosplay Cup, concurso em que serão escolhidas as melhores fantasias e apresentações no palco e que terá a presença de competidores do Brasil, Chile, Argentina, Paraguai e México. A expectativa é de 40 mil pessoas nos quatro dias de evento. Além da final, estão programados também o campeonato de videogames “Press Start”; um concurso de ilustrações e roteiros; uma exposição de fanzines (publicações independentes de artistas amadores) e o circuito “animekê” (karaokê com músicas de anime). O vencedor do “animekê” irá para final nacional, em julho, que tem como prêmio uma viagem para o Japão. Os ingressos estão à venda e há um pacote promocional para os quatro dias. O campus Anália Franco da Unicsul fica na avenida Regente Feijó, 1295. Ônibus fretados farão gratuitamente o trajeto entre o metrô Carrão e o local do evento. Mais informações no site do Anime Dreams.
Serviço:

  • 5º Anime Dreams
  • Onde: Universidade Cruzeiro do Sul - Unicsul (campus Anália Franco)
  • Endereço: Avenida Regente Feijó, 1295, Tatuapé – São Paulo (ao lado do Shopping Anália Franco)
  • Como chegar: Ônibus fretados e gratuitos fazem o trajeto entre o metrô Carrão e o local do evento
  • Quando:De 24 a 27 de janeiro, das 10h às 20h
  • Quanto:
- Dia 24: R$ 10 (antecipado e caravanas) e R$ 13 (na porta)
- Dia 25: R$ 13 (antecipado e caravanas) e R$ 15 (na porta)
- Dia 26: R$ 15 (antecipado e caravanas) e R$ 18 (na porta)
- Dia 27: R$ 15 (antecipado e caravanas) e R$ 18 (na porta)
- Passaporte para os quatro dias: R$ 40 (apenas ingresso antecipados)

Dragão de 20 metros festeja ano novo chinês na Paulista

G1 Edição São Paulo
Foto: Luisa Brito/G1

Achei que o engano era meu, mas não foi, anteciparam as comemorações do ano novo chinês por causa do carnaval. Quem acredita que o carnaval agora muda até o calendário lunar no Brasil?
Um dragão (que simboliza novas energias e forças para o ano que começa) de 20 metros passeou hoje na Paulista oferecendo aos "felizes" uma prévia da festa. A data do calendário lunar para mudança do ano do porco para o rato é 6 de fevereiro.
Abaixo a matéria de Luisa Brito no G1:
Dragão na Paulista, nesta quarta-feira, lembra a chegada do ano novo chinês (Foto: Luisa Brito/G1)
Um dragão de 20 metros, dançando ao som de tambores, antecipou, nesta quarta-feira (16), a chegada do ano novo chinês, que será comemorado do dia 5 para o dia 6 de fevereiro. Os organizadores da terceira festa do ano novo chinês promoveram uma prévia do que o público verá no evento no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Por tradição, os chineses comemoram a chegada do ano novo de acordo com o calendário lunar, cujas datas diferem do calendário usado no ocidente.

O dragão simboliza novas energias e forças para o ano que começa. Já a cor vermelha significa, na tradição chinesa, a vida. O amarelo, o ouro, o sol único. "Antigamente, na China, na época do imperador, só ele podia usar amarelo, ninguém mais podia, porque o amarelo representa o sol, e só existe um sol para todos", explica Wynner Kenkaok Ng, um dos organizadores da festa. O novo ano será do rato para os chineses. O animal, o primeiro do calendário, representa iniciativa, inovação e empreendedorismo, segundo Kenkaok Ng.

O evento principal da festa do ano novo chinês será realizado nos dias 26 e 27 no bairro da Liberdade e contará com artesanato e comidas típicas. Os organizadores optaram por fazer a festa antes da data do ano novo devido ao carnaval que neste ano vai coincidir com o ano novo no calendário lunar.

Nikkei do Brasil é tema de livro


Li agora no Abril no Centenário. O livro "O Nikkei no Brasil", coletânea de textos sobre a imigração e a integração japonesas no Brasil, coordenada pelo professor Kiyoshi Harada, será lançado no dia 15 de janeiro, em um coquetel realizado no Hall da Assembléia Legislativa de São Paulo.

A obra, com 630 páginas e 50 ilustrações fotográficas, foi escrito por Harada e 11 autores de diferentes áreas de conhecimento: André Ryo Hayashi, Décio Nakagawa, Isidoro Yamanaka, Kazuo Watavane, Kyoko Nakagawa, Masato Ninomiya, Massami Uyeda, Reimei Yoshioka, Renato Yamada, Roque Nishida e Tuyoci Ohara. A capa da publicação é assinada pelo artista plástico Kazuo Wakabayashi

O livro traz 15 capítulos e, para cada tema ou episódio, são citadas diferentes personalidades do mundo artístico, cultural, político, esportivo, econômico, educacional e científico No final do livro, há uma relação das personalidades nikkeis, dos principais artistas plásticos e das escolas japonesas no Brasil.

Serviço:
  • Lançamento do livro: “O Nikkei no Brasil”
  • Onde: Hall da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
  • Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, 201 - São Paulo
  • Quando: 15 de janeiro, às 19 horas
  • Quanto: Entrada Gratuita
  • Contato: www.centenario2008.org.br

Edição do Saberes dos Sabores reúne gastronomia e arte - FUNDAÇÃO JAPÃO

FUNDAÇÃO JAPÃO - Agenda

Edição do Saberes dos Sabores reúne gastronomia e arte

“Cores e Sabores” é a última palestra do ano de 2007 da série Saberes dos Sabores, composta de eventos que apresentaram os variados conhecimentos dos “sabores” vistos de forma múltipla, a partir de diferentes pontos de vista, propondo estabelecer um cruzamento entre áreas diversas como etiqueta, moda, história da imigração por meio de palestras, demonstrações, degustações e debates.


O professor e artista plástico Takashi Fukushima

Foto: Revista Made in Japan / Caio Kenji

Nessa palestra, a análise dos “sabores” será realizada pelo professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) e artista plástico Takashi Fukushima, através da lente da estética, que perfaz uma “degustação visual”. Essa apresentação será realizada através da análise de pratos da culinária japonesa, especificamente da relação forma-conteúdo ou recipiente-alimento, utilizando os conceitos de linguagem, percepção e imagem. Essa relação será exemplificada através das cerâmicas de Kimi Nii, Silmara Watari e Shugo Izumi e gastronomia dos chefs Jun Sakamoto do restaurante do mesmo nome e Shin Koike, do Aizomê e Aun.

Prato do chef Shin Koike

Foto: Sandra Keika Fujishiro

Os chefs e as ceramistas também estarão presentes no evento para falar um pouco sobre a relação forma-conteúdo do ponto de vista artístico, não só de quem faz as delícias culinárias, mas também as belas formas que as agasalham. Não é de hoje que os japoneses são famosos pelo apuro estético e pelo rigor na composição plástica de uma produção, seja ela gastronômica, de arte ou de moda. Este evento é uma rara oportunidade para presenciar a união de artistas plásticos, ceramistas e de chefs de cozinha.


Prato do chef Jun Sakamoto

Foto: Sandra Keika Fujishiro

Serviço:
SABERES DOS SABORES
"Cores e Sabores"

Data: 11 de dezembro de 2007 (terça-feira)
Horário: 19h30
Local: Espaço Cultural Fundação Japão
Av. Paulista, 37- 1º andar - Jardins - São Paulo
Entrada gratuita
É necessário efetuar inscrição prévia.
Favor enviar nome completo e e-mail para: info@fjsp.org.br
Acesso para portadores de necessidades especiais

Participantes:
Takashi Fukushima (artista plástico e professor da FAU-USP)
Jun Sakamoto (chef do Restaurante Jun Sakamoto)
Shin Koike (chef do Restaurante Aizomê e Aun)
Kimi Nii (ceramista)
Silmara Watari (ceramista)
Shugo Izumi (ceramista)

Vagas: 100 lugares
Informações: (11) 3141-0110 / 3141-0843
Realização: Fundação Japão em São Paulo


Informações, fotos e contatos para imprensa:
Erico Marmiroli - (11) 9372 7774 / (11) 3865 0656 - erico.marmiroli@gmail.com
Sandra Keika Fujishiro - (11) 3141 0110 - kei@fjsp.org.br

Área da Criança divulga cultura japonesa no Festival


do site do Festival do Japão

O 10º Festival do Japão conta novamente com um espaço exclusivo para as crianças. A Área da Criança atenderá o público gratuitamente nos três dias do evento, no Centro de Exposições Imigrantes.
Para o coordenador Alexandre Tamanaha, o espaço será um sucesso. "Teremos muitas novidades, e o público infantil vai aprender um pouco sobre a cultura japonesa de uma forma divertida e gostosa”, explica.

Seguindo a temática do ano de 2007 – Beleza Natural das Províncias Japonesas, as atividades da Área da Criança serão inspiradas no HANAMI (a tradição japonesa de apreciar as flores).

Contando com espaço de 530 m2, as atividades estarão divididas em oito áreas: Narração de Contos e Lendas japonesas; Pintura & Arte; Origamis; Mini Festival das Estrelas; Brinquedos Tradicionais Japoneses; Labirinto do Jizô-Sama; Hanami; Pintura de Rosto e Concurso de Sorriso.

A narração de contos e lendas japonesas terá a presença da Associação Viva e Deixe Viver, entidade que realiza o entretenimento e informação educacional por meio do estímulo à leitura, contando histórias para crianças em hospitais.

Organizada pela ONG Centro Marta Kuboiama, a atividade de Pintura & Arte possibilitará que as crianças conheçam símbolos e princípios japoneses de escrita através dos desenhos e figuras. Na Pintura de Rosto e Concurso de Sorriso, as crianças terão contato com pinturas de rosto que remetem à maquiagem tradicional japonesa.

O Mini Festival das Estrelas é uma atividade criada exclusivamente para a Área da Criança. O Tanabata Matsuri é um dos festivais de origem oriental mais conhecidos no Brasil. Seu grande reconhecimento tem base na combinação da lenda do festival, somado à decoração colorida dos enfeites e da esperança dos pedidos que são feitos durante este festival.

Os grupos escoteiros Águia de Haia e Caramuru organizam a atividade do Hanami, um piquenique que acontece na época que as flores de cerejeira (sakura) começam a cair. Segundo a tradição, quando estas pétalas caem na sua tigela (tchawan) é um sinal de boa sorte. A atividade reproduzirá esta tradição japonesa em horários específicos.