História da Imigração Japonesa em mangá

Um recado no meu perfil do site Abril no Centenário da Imigração me levou ao site Imigração Japonesa. Muito interessante, com informações de interesse da comunidade. Uma delas me chamou atenção de imediato:
Lançamento de livro com história da Imgiração Japonesa em mangá. Infelizmente o site não está bem atualizado, a nota que divulgo abaixo diz que o lançamento seria em novembro de 2007 e na página inicial do site está 19/03/2008. Farei contato para me certificar e depois faço update aqui.

O movimento imigratório de japoneses para o Brasil começou em 1908, com a chegada ao Porto de Santos do navio Kasato Maru. De Santos até a hospedaria dos imigrantes, no Brás, o transporte dos imigrantes foi feito de trem. Depois de alguns dias, os imigrantes, divididos em grupos, foram levados para as fazendas de café.
Com a comida totalmente diferente, sem entender o idioma, e principalmente, sem ganhar o que esperavam, os imigrantes passaram por muitas dificuldades. Alguns fugiram das fazendas sem condições de cumprirem os contratos e se dirigiram para as grandes cidades. Depois chegou a Segunda Guerra Mundial, e a situação ficou ainda mais difícil pelas leis restritivas adotadas pelo Brasil.
Para contar essa história de luta e perseverança, que também é uma parte da história do Brasil, está em edição o livro “Banzai – A História da Imigração Japonesa em Manga”.
A publicação, que é uma iniciativa da Associação Cultural e Esportiva Saúde, faz parte das atividades comemorativas do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, e conta com o apoio da Fundação Kunito Miyasaka. Coordenado e preparado pelo jornalista Francisco Noriyuki Sato, também autor de História do Japão em Mangá, o trabalho foi revisado por uma equipe liderada pelo professor da USP, dr. Masato Ninomiya.
O veterano desenhista Julio Shimamoto cuidou dos desenhos. O interessante é
que todos os envolvidos têm forte ligação com a história que foi escrita e viveram parte de suas vidas na comunidade japonesa de alguma região do País. “Essas experiências pessoais enriqueceram muito a história, principalmente nos
detalhes”, conta Sato. O livro, que contou ainda com o auxílio de outro veterano, Paulo Fukue, e do carioca Adauto Silva, deverá ser lançado em novembro
deste ano.

"Se não fosse atriz seria uma nerd", diz Danielle Suzuki - Terra - Campus Party Brasil

"Se não fosse atriz seria uma nerd", diz Danielle Suzuki - Terra - Campus Party Brasil

"Se não fosse atriz seria uma nerd", diz Danielle Suzuki

Lívia Martins
Direto de São Paulo

A atriz e apresentadora Danielle Suzuki marcou presença nesta sexta-feira, na Campus Party Brasil para gravar um quadro para seu programa no canal Multishow. Segundo ela, o mundo tecnológico sempre fez partes de suas paixões. "Se não fosse atriz acho que seria uma nerd", brinca.

Danielle contou que os robôs são sua preferência no evento. "Fiquei deslumbrada com a criatividade da galera", comenta a apresentadora.

Para ela, o Brasil tem se desenvolvido muito na área da robótica e também da Internet. "As pessoas vêm se destacando com seus sites e suas criações, mas é claro que o Brasil ainda não pode se comparar com países como o Japão ou os Estados Unidos", declara.

"O problema é que no nosso País nem todo mundo tem acesso à tecnologia ou à computação. Ainda precisamos evoluir neste sentido", acrescenta.

Terra

Marcelo Pereira/Terra
Atriz, que adora robôs, aproveita para brincar com um deles

Valentine´s Day no Japão

Valentine´s Day é uma das datas "estrangeiras" comemoradas com mais entusiasmo no Japão. O calendário japonês tem feriados bem diferentes dos nossos porque tem outra cultura e não é permeada de datas cristãs, mas o dia de São Valentino se tornou uma data simbólica para mostrar sua gratidão (ô coisa japonesa, não? Até imagino a pessoa curvada falando "arigatô gozaimasu") e eventualmente seus sentimentos.

Mas lá, mais do que dia de dar presentes, é dia do chocolate. Como não tem Páscoa (data cristã, não é feriado), São Valentino acaba sendo um Coelhinho. Um não, dois. Explico: nesta data as moças oferecem chocolate aos rapazes. Se o homem corresponder ao sentimento, seja ele de gratidão, amor ou dever (já explico abaixo), ele retribui com chocolates brancos um mês depois, no dia 14 de março, o White Day.

As lojas ficam cheias de chocolates de todos os preços, com enfeites de corações, como mostro acima. Não é feriado e, como acontece no nosso Dia dos Namorados, há quem discuta a data afirmando que é só comercial. Ainda assim, as mulheres se esmeram e há muitos programas de TV para ensinar a preparar o chocolate caseiro (tezukuri), que é o melhor presente de Valentine's Day, o que eu acho lindo, porque o que fazemos pessoalmente tem um valor - e um amor - sem medida. Priceless.

Mas a data é nova e comercial sim. Foi introduzida no Japão em 1958, por uma companhia de doces e confeitos. Baseia-se em uma história que se passa no século III, quando São Valentim foi condenado à morte, por contrariar o imperador romano Claudius III, que proibiu os casamentos imaginando que assim os homens se alistariam com mais facilidade (muitos temiam por suas famílias e escolhiam não se alistar, óbvio). São Valentim, contrariou a lei, realizou vários casamentos secretos, foi preso e acabou também encontrando o amor, casando-se em segredo com uma moça cega a quem ele curara.

No Valentine's Day japonês as moças oferecem chocolate para o namorado (marido), e os homens para quem sintam que devem mostrar gratidão ou dever (giri), como os chefes, colegas de trabalho, veteranos (senpais), amigos (será que irmão também? Eu ofereceria!). Interessante que, organizados e metódicos como só eles conseguem ser, até nisto colocaram um significado e valor intrínseco, que deixa clara a atitude (vejam bem, claro para quem tem sensibilidade para notar). Se o dever for pequeno (risos), para os colegas comuns de trabalho, pode ser chocolate simples, os de 100 yen (menos de 1 dolar) e a qualidade do chocolate vai melhorando conforme a importância da pessoa. A educação e o machismo definem se os colegas de trabalho retribuem ou não o "giri choco" (chocolate que é dado por dever, sem ser uma pessoa importante para a moça).

Achei um vídeo do youtube que explica os "obligatory chocolates" e "heartfelt chocolates" melhor:




Como eu trabalhei lá mais no meio de mulheres (na época da fábrica) ou de brasileiros (no jornal), não tive este "giri choco", até porque o Gui não dava muita brecha para os caras... risos! Mas é uma tradição engraçadinha e levanta o ânimo em pleno inverno. Como disse a Karina, do Meu Japão é assim, "ninguém fica tristinho", mas as moças tomam o cuidado de escrever "giri" no chocolate que é oferecido por obrigação, para não dar margem a interpretações equivocadas!


Outras visões do Valentine's Day japonês:

CANAL HAMAMATSU

Pesquisando hoje sobre datas e feriados japoneses, descobri um site ótimo e todo em português. Os temas são os mais importantes para a vida no Japão e é só clicar nas imagens para ir até a página no site CANAL HAMAMATSU.


Canal Hamamatsu é uma website produzido pela cidade, onde contém várias informações úteis para facilitar a sua vida de Hamamatsu.

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Declaração Individual do Imposto de Renda(KAKUTEI SHINKOKU)


Escolas Municipais irão abordar história da imigração japonesa

Mais uma vez Indaiatuba valorizando a cultura dos imigrantes japoneses:


Escolas Municipais irão abordar história da imigração japonesa
Alunos das escolas municipais
de Indaiatuba pegam este ano, uma “carona” no
Kasato Maru, navio que
desembarcou
em Santos, em 1808, trazendo para o
Brasil os primeiros
imigrantes japoneses
Foto: Reprodução

Alunos das escolas municipais de Indaiatuba pegam este ano, uma “carona” no Kasato Maru, navio que desembarcou em Santos, em 1808, trazendo para
o Brasil os primeiros imigrantes japoneses. As Unidades Escolares se preparam para abordar o assunto, que transformou a vida de milhares de japneses, mas que também mudou para sempre hábitos culturais brasileiros, como a culinária, os
esportes e até a religião.

Para dar início a este processo de aprendizagem, a secretária de Educação, Jane Shirley Escodro Ferretti recebeu em seu gabinete na última semana o escritor Neir Ilelis, autor do livro “Arroz e Café – O Menino Japonês”. Neir visitou a sede da secretaria de Educação acompanhado do presidente da Associação Cultural, Esportiva Nipo-Brasileira de Indaiatuba, Edson Yoshitsugui Miyamoto e do diretor de Projetos Institucionais
da Ilelis Editora, Lafayette Guedez.
O livro, escrito em português e japonês, e ilustrado em forma de mangá por Açunciara Aizawa Silva, conta a história de Shigueo, um menino do Japão que, aos 12 anos, atravessa o oceano com a família, rumo a um país totalmente desconhecido: o Brasil.

A obra, garante Neir, não foi escrita pensando nas comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, mas acabou ganhando o selo “1908-2008: 100 Anos da Imigração Japão Brasil”. “O livro é uma ficção e foi baseado nos relatos que um amigo me fez sobre a vinda do Kasato Maru para o Brasil. Quando terminei, no entanto, descobri que esta também é a história de muitos imigrantes japoneses e assim percebi a amplitude do relato”, conta o autor.
No livro, a vida de Shigueo é relatada em três partes. A primeira conta a história do garoto e sua família, trabalhando na colheita de arroz, no Japão. A segunda parte do livro fala da vinda da família para o Brasil; a travessia do oceano rumo a um país totalmente desconhecido, e as expectativas de um menino repleto de sonhos. A terceira e última parte fala da chegada de Shigueo ao Brasil; do que a família encontrou por aqui, da adaptação a um país tão culturalmente diferente do Japão e da colheita do café.
“O livro será utilizado em sala de aula como parte dos estudos sobre a imigração japonesa, o que poderá ser explorado nas aulas de Língua Portuguesa ou mesmo através de alguns dos nossos projetos, como o Ler Faz Bem. Porém, pretendemos abordar o centenário em seus diversos aspectos e em várias disciplinas”, lembra Jane.

Haicai
Cada capítulo de “Arroz e Café – O Menino Japonês” é aberto por um Haicai, pequeno poema japonês, escrito em três versos, dois com cinco sílabas e um (o do meio) com 7 sílabas, totalizando 17 sílabas. No Haicai clássico, os versos simbolizam ações da natureza e são uma sequência de fatos.
No primeiro, o haicaista dá a cena geral; no segundo algo acontece (a onda quebra, a flor desabrocha, a mulher sorri); e o terceiro verso mostra o sabor desta experiência para o autor. No Japão, há haicais que datam do século 15, mas a poesia se espalhou por todo o mundo. Os inciciantes podem construí-lo sem tanto rigor silábico e certamente, o assunto será um dos aspectos abordados pelos alunos da rede municipal de ensino.
E assunto é o que não vai faltar em sala de aula. Além do que relata os próprias páginas dos livros de História, a aproximação Brasil-Japão rendeu muitos frutos. Até de forma literal. No Kasato Maru, por exemplo, os japoneses trouxeram 50 tipos diferentes de alimentos; entre eles a maçã Fuji, a uva-itália e a poncã. Depois,
eles incrementaram a produção do que já existia aqui e assim cultivaram como ninguém produtos como alface, tomate, chá preto e, claro, frangos e ovos.
As tradições, incluíram ainda a religião -- o budismo – e hábitos, como
a meditação e os esportes. Mangás e bonecas japonesas também fazem a festa de
crianças e adolescentes brasileiros e tudo parece não parar no tempo, já que até
hoje brasileiros e japoneses adotam os hábitos um do outro.
Um exemplo é a proliferação dos restaurantes japoneses, frequentados por muitos
brasileirinhos, com seus sushis e sashimis. Tudo sem contar o impressionante
avanço tecnológico do povo japonês, que inventou o metrô e mais uma centena de
produtos que tornaram o mundo bem mais rápido.
Enfim, há assunto para o ano inteiro, reforçado por um dado específico: a forte presença da colônia japonesa em Indaiatuba. “Comemorar o Centenário da Imigração Japonesa será um prazer e uma honra para toda a nossa equipe. Já os alunos recebem isso como um aprendizado para toda a vida, já que vivenciam muitos dos aspectos culturais dos japoneses no dia a dia. Mas nada como saber como esta cultura chegou até os nossos dias, por quais mãos e como sobreviveu através dos tempos”, lembra Edson, presidente da Nipo.

Os Feriados Nacionais e Comemorações no Japão

Os Feriados Nacionais e Comemorações/CANAL HAMAMATSU

Feriados Nacionais


1° de Janeiro Ano Novo (Oshoogatsu) 3ª segunda feira do mês de Julho - Dia do Mar (Umi no hi)
2ª segunda-feira do mêsJaneiro Maioridade
3ª segunda feira do mês de Setembro - Dia dos idosos (Keiro no Hi)
11 de Fevereiro Fundação do Japão (Kenkoku kinenbi) feira do mês de Setembro - Dia dos idosos (Keiro no Hi) Equinócio de Outono (Shubun no Hi)
21 de Março (ou próximo) Equinócio da Primavera (Shumbun no hi) 2ª segunda-feira do mês de Outubro Dia do Esporte (Taiiku no Hi)
3 de Maio Dia da Constituição (Kenpo kinembi)
3 de Novembro Dia da Cultura (Bunka no Hi)
4 de Maio Feriado do Povo (Kokumim no Kyujitsu) 23 de Novembro Dia do Trabalhador (Kinrou Kansha no Hi)
5 de Maio Dia das Crianças (Kodomo no Hi)
23 de Dezembro Aniversário do Imperador (Tennou no Tanjoobi)

Datas Comemorativas


Ano Novo (Oshoogatsu) “Oshoogatsu” quer dizer Ano Novo, e é comemorado nos três primeiros dias ou na primeira semana do mês de Janeiro. A entrada da moradia é enfeitada de “Kadomatsu” (Arranjo feito com pedaço de bambu e pinheiro); “Shimekazari” (corda de palha trançada com enfeites de papel) e “Kagamimoti” (Omoti de Ano Novo em forma de espelho redondo).
No primeiro dia do mês de janeiro existe o hábito de visitar o templo para desejar felicidades e uma boa entrada de ano. Para as crianças, é dado uma mesada que é chamada de “Otoshidama” pela boa conduta e comportamento do ano que passou; não esquecendo também dos cartões de Ano Novo recebidos como cumprimento do Ano Novo.
Maioridade A 2ª segunda-feira do mês de janeiro é comemorada a “Maioridade” (Seijin no Hi) pelos jovens que estão completando 20 anos. A maioria das mulheres participa de “Kimono” na Cerimônia . Nesta data adquire-se o direito ao voto. E a partir de então é permitido fumar e beber bebidas alcoólicas.
Setsubum É o dia anterior ao primeiro dia da primavera (Rishun), de acordo com o calendário solar.Enter Na noite do dia 3 de fevereiro, as pessoas abrem as portas das moradias e gritam: “Oniwa soto” (Fora os demônios - azar, coisas ruins). “Fukuwa Uchi” (Bem vinda a felicidade - sorte, coisas boas)! Joga -se grãos de soja na entrada da casa e come-se a quantidade de grãos de soja conforme a idade da pessoa, desejando, assim, uma ano com muita saúde.
Festival das Bonecas
(3 de março)
É o dia do Festival das Bonecas, também chamado de Festival das Meninas. Neste dia é comemorada e desejada a felicidade futura das meninas. Nas moradias comemora-se expondo o conjunto de bonecas próprias , vestidas com trajes tradicionais, juntamente com flores de pêssego, a bebida chamada “Shirozake” feita de arroz fermentada ,“Hinarare” e “Hishimochi” que fazem parte da tradição neste dia.
Início da Primavera
(Haru no Higan)
Comemora-se no dia 21 de março ou em data próxima. Conforme o calendário, neste dia, o período do dia e o período da noite são iguais. Três dias antes do “Shunbum no Hi” e três dias depois, em um total de 7 dias, é chamado de Equinócio da Primavera (Haru no Higan).

Higan

“Higan” significa, na religião Budista, o “outro lado”. Neste período, os espíritos dos ancestrais retornam para visitar os familiares. É tradicional a presença do sutra na cerimônia das residências e a visita ao túmulo familiar.
Dia das crianças 5 de Maio. No dia das crianças é comemorado e desejado que o menino da família se desenvolva com bastante saúde e cresça forte. Nas moradias comemora-se expondo o conjunto de bonecos próprios, vestidos com trajes tradicionais e para espantar os males colocam flores de Shoubu. No quintal das casas são colocados os mastros com peixes (carpas) de pano chamado “Koi Nobori” e faz parte da tradição comer doce de “Chimaki e Kashiwamochi” neste dia.
Festival das Estrelas
(Tanabata)
O Comemorado no dia 7 de julho, Festival das Estrelas é uma combinação da tradição chinesa com a japonesa. O festival comemora a lenda do encontro de uma vez por ano de duas estrelas apaixonadas, o “Kengyu” e a “Shokujo”, que foram separados pelo lago Amanogawa. No quintal é colocado um galho de bambu e para enfeitá-lo são pendurados papéis coloridos em cinco cores onde são escritos os pedidos e poemas. Na cidade de Sendai e Hiratsuka é comemorado o grandioso Festival de Tanabata.
A admiração da Beleza da Lua Comemora-se a noite de lua cheia decorando o local com gramínia japonesa. Oferece-se o saquê (bebida alcoólica) e Dangô (doce japonês) para a lua e curte-se a noite de outono.
Equinócio de Outono 23 de setembro ou data próxima. Nesse dia ou durante esse período, muitas pessoas visitam o túmulo da família.
Dia do Esporte 2ª segunda-feira do mês de Outubro. Comemora-se as Olimpíadas de Tokyo realizadas em 1964. Tem o objetivo de criar simpatia e motivação ao esporte com muita saúde.
A Festa dos Meninos e da Meninas
(Hiti·Go·Sam)
Comemora-se no dia 15 de novembro os sete, cinco e três anos de idade. É comemorado no ano em que os meninos comemoram três e cinco anos, e meninas três e sete anos de idade. Os pais vestem as crianças com trajes tradicionais ou ocidentais e visitam o templo para rezar, desejando a felicidade dos filhos. Estes três números são considerados os números da sorte no Japão.
O Último dia do Ano No último dia do Ano, faz-se a limpeza geral da moradia, para receber o Dia do Ano Novo. Quando bater as 24 horas em ponto soam as badaladas de sino, em um total de 108 badaladas. Segundo o Budismo, as badaladas servem pra expulsar os “108 desejos maus” que todos nós temos.

Concurso de desenho para crianças brasileiras - Jornal Tudo Bem

Concurso de desenho para crianças brasileiras - Jornal Tudo Bem

Concurso de desenho para crianças brasileiras

Brastel lança concurso para filhos de dekasseguis em homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil

Crianças brasileiras entre 7 e 17 anos estão convidadas a participar do concurso de desenhos Entre para a História! promovido pela Brastel Telecom. Com o tema “Os 100 anos da ligação Japão-Brasil”, o desenho vencedor irá estampar o cartão Brastel Smart Phonecard da edição especial Brastel-Centenário da Imigração. A iniciativa é uma homenagem à data.

De acordo com a empresa, o objetivo “é incentivar a prática de atividades artísticas e educacionais entre crianças brasileiras em idade escolar no arquipélago, além de aumentar a conscientização das mesmas em relação ao Centenário”. Interessados podem fazer a inscrição no site www.brastel.com/centenario, até o dia 8 de março.

Mais de 70 mil cartões serão impressos e distribuídos entre abril e outubro deste ano, em todo o território japonês.
Segundo a Brastel, parte do lucro obtido com a recarga dos cartões comemorativos será destinado a projetos educacionais e/ou culturais brasileiros apoiados pela própria empresa e o Consulado-Geral do Brasil em Tokyo. A empresa informou que o valor será equivalente a 2% de cada recarga feita no cartão especial Brastel-Centenário da Imigração, durante um período de seis meses a partir da primeira recarga.

Interessados devem acessar o site da empresa para obter mais informações sobre regras, prazos, premiação, inscrição, resultados, entre outros assuntos relacionados ao concurso.

Prêmios
O autor do desenho vencedor, além de ter o trabalho estampado no cartão comemorativo, ganhará uma visita à capital japonesa (com direito a acompanhante), um troféu, uma moeda comemorativa do Centenário e uma menção honrosa. Serão premiados participantes da 1º a 10º colocação.

Para participar é preciso ter entre 7 e 17 anos e estar matriculado em algum estabelecimento de ensino fundamental ou médio japonês, brasileiro ou internacional.

O participante deve fazer um desenho sob o tema “Os 100 anos da ligação Japão-Brasil” em papel tamanho A4 (29,7 cm x 21 cm) na horizontal, utilizando qualquer técnica ou material (lápis de cor, giz de cera, pastel seco ou oleoso, colagem, etc) e enviar para: Concurso Entre para a História! Brastel Telecom 〒130-0015, Tokyo-to, Sumida-ku, Yokoami 2-6-2, 3F.

No verso é preciso constar o nome completo, data de nascimento, nome do responsável, telefone de contato e a escola onde estuda no verso. O resultado sai no site do concurso no dia 25 de março.

Tikara e Keika, Hiro e Neusinha


Pouca gente sabe, mas um dos primeiros personagens do Maurício de Souza foi o nissei Hiro, amigo do Zé da Roça. No site da turminha, Maurício conta que "Como personagem de história em quadrinhos, surgiu até mesmo antes do Chico. Em tiras diárias no jornal "Diário de São Paulo", no início da década de 60. Seu companheiro de tira de jornal, antes de surgir o Chico, foi o nissei (filho de japonês) Hiroshi, que teve o nome simplificado para Hiro. A tira se chamava "Hiroshi e Zezinho". E foi ali que apareceu o Chico. Os mesmos "Hiroshi e Zezinho"(que é o Zé da Roça) também foram publicados em páginas mensais pela revista "Coopercotia", na década de 60."
Depois veio o amigo preguiçoso Chico Bento, que acabou tomando conta da turma da roça. Na época o japonês brasileiro era inevitavelmente associado à agricultura ou, se na cidade, à quitanda ou lavanderia. Pois Maurício agora presta uma nova homenagem aos japoneses brasileiros com os personagens Tikara e Keika. Os nomes são estranhos porque não são nomes próprios.
Em uma cerimônia em Brasília, em janeiro,
na abertura oficial do Ano do Intercâmbio Brasil - Japão, Mauricio apresentara o mascote Tikara ao público, definindo-o como o personagem que representará os 100 Anos da Imigração Japonesa no Brasil. Tikara foi criado especialmente para o aniversário da imigração japonesa e, para criá-lo, Mauricio disse que contou com a ajuda de sua mulher, Alice Takeda, descendente de japoneses.
E hoje divulgaram a imagem e o nome da versão feminina do mascote, Keika. Maurício foi incumbido de criar personagens que representassem a cultura milenar do Japão e que, ao mesmo tempo, mostrassem a modernidade do país oriental. Os personagens criados por ele também não ganharam seus nomes por acaso: na língua japonesa, Tikara representa "força e coragem" e Keika significa "bravura, pureza e honestidade".
Ambos estarão nos cartazes e materiais de divulgação do centenário, organizados pela ACCIJB (Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil) de São Paulo. As comemorações começam oficialmente em 18 de junho, dia em que o navio Kasato Maru chegou ao porto de Santos com os primeiros imigrantes, em 1908.
Além da divulgação, os personagens Tikara e Keika têm ainda mais planos para junho: deverão aparecer nas histórias em quadrinhos da Turma da Mônica.
P.S. Para não ser injusta: havia outra japonesinha nos quadrinhos da minha infância. Era Neusinha, namorada do Pelézinho. Lembram dela? Alexandre Sakai contou a história deles aqui.

Minhas imagens do Japão e Balanço são lançamentos de livros infantis

A Cosac Naify tem também dois lançamentos infantis que retratam a cultura japonesa:

Minhas imagens do Japão

No ano das comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil, Minhas imagens do Japão é um guia ilustrado do dia-a-dia de uma criança que vive do outro lado do mundo. Quem nos leva por esta viagem é Yumi, uma simpática garotinha de sete anos que mora nos arredores de Tóquio. Em sua casa, a anfitriã nos mostra seu quarto, a cozinha e as delícias que a mãe prepara, o banheiro e sua forma diferente de tomar banho. Depois conhecemos a rotina na escola, onde os alunos ajudam a colocar a mesa para o almoço, limpam a classe, o pátio e os corredores. E, na cidade, há ainda os banhos públicos, os centros comerciais e as grandes lojas. Por fim, Yumi revela tudo sobre datas comemorativas, como a festa dos meninos, a festa das crianças, o tanabata e o undokai. As ilustrações, em cores vivas, lembram um álbum, com detalhes dos pratos, vestimentas, acessórios e materiais escolares. Duas páginas são reservadas às diferentes formas de escrita e trazem alguns exemplos de kanji (ideogramas que representam palavras), além de um quadro com o alfabeto em hiragana (ideogramas que representam sílabas). Yumi ensina ainda a fazer em origami um chapéu de samurai, um vestido de boneca, guirlandas e um lampião. Boa maneira de familiarizar as crianças com a diversidade, um livro leve, que diverte, instrui e instiga a viajar pelo mundo, sem sair de casa.

Serviço:

  • Minhas imagens do Japão
  • Etsuko Watanabe (texto e ilustrações)
  • Tradução: Cássia Silveira
  • Quarta-capa: Jo Takahashi
  • Capa dura
  • 40 páginas; Ilustrado ilustrações;
  • 21,5 x 22,5 cm; 0,2 kg;
  • ISBN 978-85-7503-683-9
  • Publicação: 2008
E o livro bilíngue, que tem patrocínio do Instituto Tomie Otake.

Balanço

Brincando em um balanço no parque, um garoto observa o anoitecer e declama uma leve poesia sobre a noite que se aproxima. "Como um pêndulo azul azul", acompanhamos o assobio da brisa, o mergulho nas nuvens, as estrelas solitárias, o perfume do vento, as pegadas deixadas no céu. A edição bilíngüe (português e japonês) vem com um projeto gráfico diferenciado: tecido na capa, clichê no miolo, papel especial. O poema sobre a contemplação do tempo, na mais delicada linguagem oriental, tem leitura vertical. A disposição e a perspectiva aérea das ilustrações contribuem para a sensação de o leitor mover-se junto com o garoto sobre o balanço. Uma viagem pelo infinito, pra lá e pra cá...

Serviço:
  • Balanço
  • Keiko Maeo
  • Tradução: Diogo Kaupatez
  • Edição bilíngue português/japonês
  • Capa dura em tecido
  • 40 páginas; 20 ilustrações;
  • 16,5 x 25,5 cm; 0,32 kg;
  • ISBN 978-85-7503-660-0
  • Publicação: nov. 2007
No site da Editora há uma entrevista com a autora Keiko Maeo, concedida à Giovana Pastore e Lívia Deorsola, com tradução de Dirce Miyamura.
"Balançar-se sempre foi, para Keiko Maeo, brincadeira infantil preferida, guardada em sua memória afetiva. Tanto que deu origem a Balanço, livro publicado no Japão em 2001 que recria de maneira sensorial o movimento pendular, numa alusão à passagem do tempo.
A experiência proposta pelo livro - o primeiro da escritora e artista plástica japonesa a ser publicado no Brasil, em edição bilíngüe português-japonês -, foi possível a partir do projeto gráfico altamente elaborado, cuja perspectiva das ilustrações leva o leitor a mover-se junto com o personagem.
Keiko revela, na entrevista a seguir, detalhes do processo de criação do texto poético e das técnicas de ilustração, e comenta a relação que estabelece com a efemeridade do tempo e toda sua expressão em azul. "Penso na criação dos livros envolvendo um ritmo repetitivo", diz a autora.

O anticinema de Yasujiro Ozu


Estou fazendo um levantamento de obras publicadas em português que retratem o Japão ou a imigração japonesa. É minha contribuição para o Centenário da Imigração.
Encontrei este livro sobre o cineasta Yasujiro Ozu no site da editora Cosac Naify, umas das minhas favoritas, pela qualidade indiscutível de todos os títulos. Posto abaixo a resenha do site da editora, pois não li o livro para poder dar uma opinião pessoal.
Edição comemorativa do centenário de um dos maiores cineastas japoneses traduzida diretamente do japonês. Este ensaio, de autoria do também diretor de cinema Kiju Yoshida (Eros + Massacre, 1969), penetra o universo fascinante de Ozu, considerado ao mesmo tempo o mais japonês dos diretores e o de linguagem mais universal. Pela primeira vez sua obra é analisada por alguém que trabalhou atrás dos megafones de direção. O diretor Yoshida emprega conceitos caros ao mestre de Bom dia (1959), emprestados da filosofia zen-budista.
Primeira edição do livro fora do Japão, traduzida diretamente do japonês pelo Centro de Estudos Japoneses da Universidade de São Paulo, inclui as filmografias de Ozu e Yoshida.
A versão francesa do livro, surgida em 2004 (co-edição Institut Lumiere/Actes Sud/Arté Edition) recebeu o Prêmio Anual da Crítica, oferecido pelo prestigioso Sindicato Francês de Críticos de Cinema.
Co-edição: Mostra Internacional de Cinema em São Paulo"


Serviço:

  • O anticinema de Yasujiro Ozu
  • Kiju Yoshida
  • Tradução: Centro de Estudos Japoneses da Universidade de São Paulo
  • Brochura
  • 312 páginas; 12 ilustrações;
  • 13,5 x 20 cm; 0,37 kg;
  • ISBN 85-7503-266-6
  • Publicação: nov. 2003

Biografia de Ozu no wikipedia:

Yasujiro Ozu (Ozu Yasujirō) (Tóquio, 12 de Dezembro de 1903 - Kamakma, 12 de Dezembro de 1963) foi um influente realizador de cinema Japonês.

Nasceu em Fukagawa, em Tóquio, filho de um comerciante de adubo, e foi educado num colégio interno em Matsusaka, não tendo sido um aluno particularmente bem sucedido. Desde cedo se interessa pelo cinema e aproveita o tempo para ver o máximo de filmes que podia. Trabalhou por um breve período como professor, antes de voltar para Tóquio em 1923, onde se juntou à Companhia cinematográfica Shochiku. Trabalhou, inicialmente, como assistente de fotografia e de realização. Três anos depois, dirigiu o seu primeiro filme, Zange no yaiba (A espada da penitência), um filme histórico, em 1927. Os cinéfilos em geral indicam como primeiro filme importante Rakudai wa shita keredo (Reprovei, mas... - tradução do título em inglês), de 1930. Realizou mais 53 filmes - 26 dos quais nos seus primeiros cinco anos como realizador e todos, menos 3, para os estúdios Shochiku.

Em Julho de 1937, numa altura em que os estúdios demonstravam algum descontentamento com o insucesso comercial dos filmes de Ozu, apesar dos louvores e prémios com que a crítica o celebrava, é recrutado com 34 anos e servirá como cabo de infantaria, na China, durante dois anos. A sua experiência militar leva-o a escrever um extenso diário onde se inspirará mais tarde para escrever guiões cinematográficos. O primeiro filme realizado por Ozu ao regressar, Toda-ke no Kyodai (Os irmãos da família "Toda" - tradução do título em inglês, 1941), foi um sucesso de bilheteira e de crítica. Em 1943 foi, de novo, alistado no exército para realizar um filme de propaganda em Burma. Em vez disso, porém, foi enviado para Singapura onde passou grande parte do seu tempo a ver filmes norte-americanos confiscados pelo exército. De acordo com Donald Richie, o filme preferido de Ozu era a obra-prima de Orson Welles', Citizen Kane.

Ozu começou por realizar comédias, originais no seu estilo, antes de se dedicar a obras com maiores preocupações sociais na década de 1930, principalmente ao focar dramas familiares (gênero próprio do cinema japonês, chamado "Gendai-Geki"). Outros temas caros ao mestre japonês são a velhice, o conflito entre gerações, a nostalgia, a solidão e inevitabilidade da decadência, como se verifica, de imediato, nos títulos dos seus filmes que evocam o passar do tempo: é frequente que os seus filmes terminem num local ou numa situação directamente ligada com o início, acentuando o carácter temporal "circular" (como as estações do ano ou a alternância das marés) destas obras.

Trabalhou frequentemente com o argumentista (guionista) Kogo Noda; entre outros colaboradores regulares contam-se o director de fotografia Yuharu Atsuta e os actores Chishu Ryu e Setsuko Hara. Os seus filmes começaram a ter uma recepção mais favorável a partir do final da década de 1940, com filmes como Banshun (Portugal: Primavera tardia; Brasil: Pai e filha, 1949), Tokyo monogatari (Portugal: Viagem a Tóquio, Brasil: Era uma vez em Tóquio, 1953), considerado a sua obra prima, e Ochazuke no Aji (Portugal: O gosto do saké, 1952), Soshun (Portugal: Primavera prematura, 1956), Ukigusa (Ervas flutuantes, 1959) e Akibiyori (Dia de Outono, 1960). O seu último filme foi Sanma no aji (BrasilA rotina tem seu encanto, 1962). Morreu de cancro no seu 60º aniversário e foi sepultado no templo de Engaku-ji em Kamakura.

Enquanto realizador era considerado excêntrico e declaradamente perfeccionista. É muitas vezes referido como o "mais japonês dos realizadores de cinema", o que não foi favorável para a sua divulgação no estrangeiro - só tardiamente se começou a mostrar a sua obra no ocidente, a partir da década de 1960. Foi relutante a aceitar a revolução do cinema sonoro - o seu primeiro filme com som foi Hitori musuko ("Filho único"). O seu primeiro filme a cores foi também tardio: Higanbana (Flores do equinócio), em 1958. Destaca-se, no seu estilo, um género de plano, filmado a baixa altura, com o operador de câmara de cócoras, o que provoca um determinado efeito de identificação do espectador com o ponto de vista da câmara. Defendia insistentemente os planos estáticos, sem movimento da câmara e composições meticulosamente definidas que não permitiam aos actores dominarem individualmente a cena. É também sua imagem de marca a frontalidade do plano (falsos raccords): num campo-contracampo, por exemplo, quando vemos alternadamente uma pessoa a falar com outra, é dada a impressão que o actor se dirige ao espectador e não à personagem do filme.

A influência de Ozu no cinema oriental é indubitável: Akira Kurosawa e Kenji Mizoguchi, que despertaram primeiramente a curiosidade cinéfila europeia em relação ao cinema japonês são, de certa forma, tributários do seu estilo. Verifica-se que muitos cineastas ocidentais tomaram Ozu como mestre. Wim Wenders filmou "Tokyo-Ga", um documentário sobre Ozu. Jim Jarmusch e Hal Hartley seguem de perto os seus ensinamentos, nos Estados Unidos da América. Em Portugal, João Botelho inspirou-se no seu filme "Viagem a Tóquio" para realizar "Um adeus português".