Dicas para economizar no Japão

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Dicas para economizar no Japão
Com planejamento e força de vontade, é possível sair das dívidas e realizar os sonhos, como um carro novo, uma viagem ou a casa própria
Tudo Bem

A dificuldade financeira aflige a grande maioria dos brasileiros. São pessoas que não pertencem à privilegiada classe social que concentra, para si, 46,9% da renda nacional e representa apenas 10% da população brasileira: os ricos. Esses dados colocam o Brasil em 8° lugar no ranking de países com maior desigualdade no mundo.

Dívidas no cartão de crédito, dificuldades em quitar as contas, um salário que mal paga um convênio médico ou a escola das crianças. Quem se equilibra na corda bamba do cobertor curto, não pense que está sozinho, pois integra os outros 90% da população nacional.

O que resta para cerca de 160 milhões de brasileiros é administrar migalhas e prevenir o mal maior, para evitar afundar no movediço poço das dívidas. Um bom caminho para isso é o exercício da economia familiar.

O inimigo principal, nos tratados dessa economia, é o aficionado em compras, uma constante patologia no divã da psicóloga Sônia Regina Naves. “A questão, contemporânea, já pode ser classificada como vício, ao lado do fumo, bebida e jogo, carecendo de tratamento adequado”, revela.

Na visão da economista familiar Neuza Maria da Silva, são comuns as famílias que mordem a isca dos longos crediários e acabam se rendendo ao consumismo, ferindo, assim, o princípio básico de uma renda familiar saudável: despesas maiores do que a receita.

“Gastos são feitos de forma desnecessária. As facilidades de crediários e cartões levam a aquisições impensadas. Logo, a realidade bate à porta e a pessoa percebe que não conseguirá arcar com a dívida”, raciocina Neusa. De acordo com a economista, o primeiro passo é colocar tudo no papel e ter rígido controle de gastos.

“É preciso estabelecer metas e segui-las à risca, fugir dos gastos desnecessários e compras impensadas. Ensinar aos filhos, desde cedo, o valor do dinheiro e a economizar, optando por escolhas mais adequadas e acessíveis.”

A dona de casa Miyoko Oshiro seguiu o conselho dado pela economista familiar. Graças ao exercício da economia, através do corte em despesas desnecessárias e o bom senso no momento de gastar, Miyoko conseguiu, junto com seu marido, pagar os estudos dos três filhos, que moram com o casal.

“Estudo é prioridade. Quem não o tem sofre para conseguir emprego. É um investimento”, diz. Miyoko procura passar os mesmos critérios aos filhos: “Eu pego no pé deles. Não deixo que gastem com bobagens. Eles acham ruim, mas não paro, pois é para o bem deles”, conclui.

Organização
Coloque tudo no papel, todas as despesas e rendas. Faça as contas e não gaste mais do que pode. Uma boa organização é fundamental para pagar as contas em dia e evitar juros.

Seja consciente
Evite muitas compras supérfluas, que não são realmente necessárias. Gaste com o que é mais importante no momento. Não caia na tentação de crediários e cartões de crédito. Os juros podem complicar o balanço no fim do mês. Compras a prestação podem aumentar o valor do produto. Saiba esperar o melhor momento para comprar

Planejamento
Estabeleça metas para adquirir a longo prazo. Anote o que você deseja para vários intervalos de tempo e se esforce para cumprir o planejamento. Invista em aposentadoria privada, pois é uma garantia para uma velhice com estrutura.

Economize
A economia está nas pequenas coisas. Preste atenção nos gastos no final do mês, a diferença vai aparecer. Economize luz, gás e água. Além de diminuir as despesas, o meio-ambiente agradece

Negocie
Sempre pechinche no momento da compra. Descontos sempre são bem vindos. Às vezes é importante negociar até com os filhos. Mostre que eles não podem ter tudo e dê opções para eles escolherem. Ensine o valor do dinheiro e seus filhos também farão isso quando tiverem suas próprias famílias

Principais causas de endividamento
1- Despesas de fim de ano
2- Casa própria ou ampliação do imóvel
3- Carro novo
4- Desemprego
5- Manutenção do “padrão de vida”
6- Despesas ocultas, pequenos gastos que acumulam
7- Falta de planejamento e controle de dívidas
8- Desventura, alcoolismo, vícios em gera