Três brasileiros são presos no Japão com DVDs piratas

Acredita-se que as reproduções tiveram início em 2002, quando os três começaram a trazer, do Brasil, cópias de filmes americanos
21.10.2007 1h23 - por Redação Tudo Bem
gilberto yoshinaga
Alguns títulos de DVDs piratas que são comercializados entre a comunidade brasileira no Japão

Sábado 13, a polícia de Toyama prendeu três brasileiros acusados de infringir a lei de direitos autorais por reproduzir e comercializar DVDs. Policiais encontraram, na casa dos detidos, cerca de dez mil itens que incluem DVDs piratas, aparelhos de vídeo e computadores. Estão detidos Armando Hideo Miki, 54 anos, Vinícius Miki, 20 anos, e Mauro Masami Kawano, 45 anos, todos com residência em Kanagawa.

As informações da polícia indicam que em meados de maio deste ano, os acusados teriam reproduzido e comercializado uma versão pirateada do filme Uma noite no museu, para um brasileiro residente em Takaoka (Toyama), por 700 ienes. A encomenda seguiu por takkyubin.

Outros títulos também eram copiados, como Piratas do Caribe, Miami Vice e Rocky. Eles eram legendados ou dublados em português. Suspeita-se que eles tenham reproduzido filmes que ainda não entraram em cartaz nos cinemas japoneses. A polícia estima que o trio atua desde 2002, e tenha lucrado de 400 milhões a 500 milhões de ienes.

As investigações tiveram início em maio, após denúncia recebida pela delegacia de Imizu. Nos apartamentos foram encontrados vários aparelhos que eram utilizados para reproduzir uma grande quantidade de DVDs.

Acredita-se que as reproduções tiveram início em 2002, quando os três começaram a trazer, do Brasil, cópias de filmes americanos, legendados ou dublados, além de gravações de programas brasileiros. Suspeita-se que eles divulgavam a mercadoria enviando, via fax, uma lista com os títulos para as lojas de produtos brasileiros.

Terça-feira 16, a delegacia de Yachiyo (Chiba) prendeu Aparecido Yoshimi Hasebe, 51 anos, proprietário de uma loja de produtos brasileiros, também acusado de infringir a lei de direitos autorais.

Investigações indicam que Aparecido mantinha em seu estabelecimento um estoque com cerca de 14 mil DVDs piratas, de 11 títulos. A polícia suspeita que o brasileiro alugava os DVDs a 250 ienes e os vendia a 600 ienes.