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Visto de yonsei



Boa notícia para os yonseis, bisnetos de japoneses.

O Ministério da Justiça solidificou a política de introdução de um novo sistema de visto para que os descendentes de quarta geração (yonsei) que cumpram alguns requisitos, tais como certo nível de compreensão do idioma local, possam trabalhar no Japão.

Segundo o jornal Yomiuri, nessa fase introdutória a intenção é permitir a entrada de cerca de mil pessoas por ano.

No novo sistema, a intenção é fazer com que o yonsei tenha interesse pelo Japão e se aprofunde na cultura nipônica.
O objetivo é a formação de recursos humanos que possam servir de ponte entre a comunidade nikkei onde vive e a sociedade japonesa.

Saiba alguns detalhes:
  • O sistema proposto é o working holiday, como há em outros países, onde se obtém a permanência enquanto trabalha.
  • A faixa etária alvo e limitada é entre 18 a 30 anos.
  • Para sua estadia será concedido um status de residência chamado tokutei katsudo (特定活動) ou traduzido livremente para o português como atividade específica.
  • Para a implementação, o candidato será submetido a um teste de conhecimento do idioma, equivalente ao teste de proficiência nível 4.
  • Para a renovação do status de residência, a condição é ter conhecimento do idioma japonês, equivalente ao teste de proficiência nível 3.

ÚLTIMO JAPONÊS MORRE EM 2800, ÚLTIMO PORTUGUÊS NÃO SE SABE

do DN on line

Leonídio Paulo Ferreira
jornalista
leonidio.ferreira@dn.pt

As portuguesas têm em média 1,36 filhos, mínimo histórico. As japonesas 1,32. Para o país asiático, as contas estão feitas: o último habitante morrerá em 2800, calculou o Yomiuri, jornal para levar muito a sério, com 130 anos de história e dez milhões de exemplares cada manhã. Para Portugal, falta um demógrafo fazer o exercício, mas o resultado só pode ser igualmente assustador: um dia não haverá ninguém.

Não vale a pena entrar já em pânico. Tal como os japoneses, ainda temos séculos para inverter a tendência. E se a primeira solução é óbvia (pelo menos dois filhos por mulher), a segunda passa pela importação de gente. De imigrantes. É o que está a ser feito por todo o mundo rico, com diferentes níveis de imaginação. O Japão, por exemplo, tenta atrair os nissei, brasileiros de origem nipónica. Portugal recebeu africanos, depois brasileiros e ucranianos. A Alemanha em tempos foi buscar turcos. A Grã-Bretanha, sobretudo indianos e paquistaneses. E a França, que se destaca pela tradição de acolhimento (até tem um presidente de apelido húngaro), virou-se para as antigas colónias árabes, esgotado que está o filão português, espanhol e italiano.

Há lições a aprender com a experiência da França. Está por fim a inverter-se o declínio demográfico, pois cada mulher tem já em média mais de 2,1 filhos. Resultado admirável, pois na UE só três países atingem o patamar que renova as gerações. A este ritmo, arrisca-se em 2050 a ultrapassar uma Alemanha a minguar e a ter o povo mais numeroso da Europa ocidental - como acontecia até aos tempos de Napoleão. E é graças à fertilidade das comunidades imigrantes que cresce. Por isso, cada vez mais franceses respondem por nomes como Sarkozy, Zidane ou Garcia (é o 13.º apelido mais comum, agradeçam a espanhóis e portugueses).

Tal como os franceses, o caminho mais seguro para os portugueses se salvarem da extinção (e, mais urgente, garantirem descontos para a Segurança Social) é somarem as soluções: mais filhos, sim, mas também imigrantes. Só que integrar pessoas de cultura diferente desafia qualquer país. Uma parte da opinião pública sente-se incomodada. E os discursos xenófobos tendem a aparecer, mesmo que envergonhados. Mas para lidar com o inevitável existem já dois modelos: a assimilação à francesa e o multiculturalismo britânico. Basta escolher. Ou então inventar um terceiro, com a experiência de 500 anos de mistura de sangues no Brasil, África e Índia.

Quem achar que os imigrantes não são solução pode sempre imitar uma boa ideia recente do espanhol Zapatero e acreditar que basta oferecer 2500 euros por criança para que as mulheres dupliquem de um dia para o outro o número de filhos. Mas, se fosse só uma questão de dinheiro, o Japão nunca teria de se preocupar com 2800.|

Texto do Cônsul por ocasião do cinqüentenário da Imigração no Rio Grande do Sul

"

Cinqüentenário da imigração
japonesa no Rio Grande do Sul:
reconhecimento
da contribuição para o Estado

Hajime Kimura*


No dia 20 de agosto de 1956, vinte e três jovens japoneses cheios de aspirações desembarcaram no porto de Rio Grande. Embora por aqui já houvesse alguns japoneses, este foi o começo sistemático da imigração japonesa no Rio Grande do Sul. E hoje, às vésperas de completarmos cinqüenta anos de imigração, temos cerca de mil e quinhentos japoneses e três mil descendentes em todas as regiões do Estado. A principal vocação dos japoneses foi e continua sendo a agricultura, mas à medida que o tempo foi passando, eles começaram a contribuir para o desenvolvimento do Estado também em outras áreas.

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, as Prefeituras e a comunidade gaúcha estão gentilmente colaborando com as comemorações do Cinqüentenário da Imigração Japonesa e tenho certeza de que esse é um ato de reconhecimento ao trabalho dos japoneses. Ao mesmo tempo que quero agradecer às autoridades e à comunidade gaúcha por toda a colaboração que tem sido dada ao evento, quero externar meus parabéns à comunidade japonesa pelo seu valioso trabalho.

Estamos comemorando o Cinqüentenário em agradecimento ao trabalho feito pela comunidade japonesa e para consolidar a base ainda maior do sucesso dessa comunidade. Porém, o objetivo das festividades não pára por aí. Nosso grande objetivo é fortalecer ainda mais os já fortes laços existentes entre o Rio Grande do Sul e o Japão, e, por meio deste esforço, contribuir para a intensificação das relações bilaterais entre o Brasil e o Japão. Quando o Primeiro Ministro Koizumi visitou o Brasil em 2004 e no ano seguinte o Presidente Lula visitou o Japão, ambos concordaram em revitalizar nossas relações bilaterais, estagnadas por duas décadas.

Muitos esperam que o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil em 2008 seja uma grande oportunidade para esta revitalização. Mas os primórdios da revitalização estão aqui, no Rio Grande do Sul. Parabéns à comunidade japonesa por este Cinqüentenário. Obrigado à comunidade gaúcha pela colaboração. E vamos aproveitar este grande momento para liderar o movimento da revitalização, pois, afinal, foram muitos os grandes movimentos que começaram pelo Rio Grande do Sul!"


*Cônsul do Japão

Ivoti ( Cidade das Flores) é onde tem a maior colônia japonesa no sul.

Embora os imigrantes japoneses tenham chegado ao Brasil em 1908, só em 1956 a sua presença foi oficializada na Região Sul do país. Em 20 de agosto, desembarcaram no porto de Rio Grande aqueles que seriam considerados os primeiros imigrantes nipônicos. “Éramos 23 rapazes, todos solteiros”, lembra Kakayuki Kurihara, 73 anos, que estava a bordo do barco que atracou no Porto de Rio Grande. Kurihara é natural da província de Kumamoto, sul do Japão. A maior colônia japonesa do Estado encontra-se no município de Ivoti. As cidades de Gravataí, Viamão, Pelotas, Santa Maria, Caxias do Sul e Passo Fundo também são destaques da imigração oriental no RS

Em 1966, os dirigentes municipais deram um belo exemplo de diversidade cultural, destinando uma área de terras para serem ocupadas por 26 famílias de imigrantes japoneses, surgia assim a Colônia Japonesa, produtora de uvas de mesa, kiwi, hortaliças e flores.

Prefeitura Municipal
Av. Pres. Lucena, 3527 93900-000 - Ivoti - RS
Fone: (51) 3563.8800
Fax: (51) 3563.1111

Ivoti

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Município de Ivoti

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Hino
Aniversário
Fundação 19 de outubro de 1964
Gentílico Não disponível
Lema
Prefeito(a) Maria de Lourdes Bauermann ()
Localização
Localização de Ivoti
29° 35' 27" S 51° 09' 39" O
Estado Rio Grande do Sul
Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre
Microrregião Gramado-Canela
Região metropolitana
Municípios limítrofes Não disponível
Distância até a capital Não disponível
Características geográficas
Área 63,138 km²
População 18.379 hab. est. 2006
Densidade 291,1 hab./km²
Altitude 127 metros
Clima Subtropical-úmido CFA
Fuso horário UTC -3
Indicadores
IDH 0,851 PNUD/2000
PIB R$ 267.908.747,00 IBGE/2003
PIB per capita R$ 15.782,55 IBGE/2003

Ivoti é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 29º35'28" sul e a uma longitude 51º09'38" oeste, estando a uma altitude de 127 metros. Sua população estimada em 2004 era de 17 443 habitantes. Possui uma área de 65,177 km².


História

O atual município de Ivoti teve parte de suas terras ocupadas, iniciamente, no século XVIII, por meio da criação de gado, na região conhecida como Faxinal do Courita, que deu origem aos hoje municípios de Ivoti, Estância Velha, Lindolfo Collor, Presidente Lucena, Dois Irmãos, Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga.

No entanto, foi com a chegada dos imigrantes alemães ao Vale do Rio dos Sinos, em 1824, que os primeiros colonos, de fato, se fixaram nesta área, por volta de 1826 - embora algumas referências históricas indiquem o início da colonização entre 1824 e 1825.

Os imigrantes que se dirigiam para esta área eram oriundos da região do Hunsrück, na atual Alemanha, naquela época pertencente à Prússia. A família que primeiro se fixou no vale do arroio Feitoria foi a família de Johan Heinrich Barghan, que precisou enfrentar inúmeras dificuldades, representadas pela presença de matas e animais.

As primeiras denominações que esta região recebeu foram Berghanthal e Berghanschneis, que significam "vale" e " picada" dos Berghan. Pela Lei Provincial nº 635, de 4 de novembro de 1867, esta área passou a denominar-se Bom Jardim, constituindo o terceiro distrito de São Leopoldo.

A denominação de Bom Jardim, escolhida em virtude destas terras serem propícias ao cultivo de flores, foi alterada pela Lei nº 7.199, de 31 de maio de 1938, para Ivoti, que significa "Flor", na língua Tupi-Guarani. Advém daí o fato de Ivoti ser conhecida como "Cidade das Flores".

Dentre as primeiras linhas ou picadas que foram povoadas, destacam-se a Picada 48, a Picada Feijão (ou Bohnenthal) e a Nova Vila (ou Neudeutschland).

Evolução histórica e política

Pertencendo inicialmente a Porto Alegre e depois a São Leopoldo, com emancipação de Estância Velha, em 8 de setembro de 1959, Ivoti passou a constituir o primeiro distrito deste novo município.

Pouco depois, iniciava-se o movimento que visava à emancipação de Ivoti, tendo-se organizado uma comissão (formada pelos senhores Osvino Gernhardt, Humbert Biersdorf, Cláudio Oscar Becker, Ervino Klein, Nicolau Fridolino Kunrath, Nelson Dietrich, Dante Dienstmann, Remi Holler), com a incumbência de fazer os contatos iniciais, promover reuniões para alcançar a esta meta.

Tomadas as providências necessárias, foi realizado um plebicito a 12 de julho de 1964, no qual a população demonstrou-se plenamente favorável à emancipação. Em 19 de outubro de 1964, o então Governador do Estado Ildo Meneghetti, assinava a Lei nº 4.798, que criava o município de Ivoti.

Foram imediatamente marcadas as eleições, para a escolha dos primeiros dirigentes do município, que foram empossados em 26 de janeiro de 1965. Foi escolhido como prefeito municipal Neldo Holler, e como vice-prefeito Jacob Schneider. A Câmara Municipal ficou assim constituída: Nilo Armando MüllerJúlio Schneider, Lauro Carlos Fröhlich, Flávio Klein, Hugo Birk, Neno Edgard Heinle e Orlando Alcelmo Seth. (presidente);

Desde sua emancipação, Ivoti já teve os seguintes prefeitos:

O Município de Ivoti, em 20 de março de 1992, perdeu parte de sua área total com o desmembramento de localidades que passaram a constituir os municípios de Lindolfo Collor e Presidente Lucena, criados por meio de lei sancionada pelo Governador Alceu Collares.

Geografia

O Município de Ivoti encontra-se numa área de transição entre a chamada Depressão Central e a Serra Geral, nos primeiros degraus da Serra ou Planalto Riograndense.

Possui altitudes modestas, estando a sede municipal a apenas 144m acima do nível do mar. A estrutura geológica é constituída de rochas areníticas e basálticas. Os solos do município são principalmente argilo-arenosos, sem grande fertilidade e com muita acidez.

Seus cursos de água - com destaque para o arroio Feitoria - fazem parte da bacia do rio Caí, embora o município integre a Associação de Municípios do Vale do Rio dos Sinos, devido a identidade sócio-econômico-cultural existente entre os municípios que a compõem.

Seu clima é subtropical, notando-se perfeitamente a delimitação entre as quatro estações do ano. Esse tipo climático se caracteriza pela grande variação de temperatura, com verões quentes e invernos frios, e igualmente uma grande variação diária. Sua média termométrica é de 12ºC, com máximas ultrapassando 40ºC e mínimas atingindo abaixo de 0ºC.

As chuvas abundantes, em certas épocas do ano, podem causar problemas de enchentes, geralmente no fim do inverno. Muitas vezes ocorrem, também, chuvas de granizo e geadas. Durante o inverno, a região recebe influência dos ventos frios provenientes da Antártida, determinando uma queda brusca de temperatura. Já os ventos quentes, provenientes do Norte, normalmente anunciam chuvas, atingindo a média anual de 1.600mm.

No município existem pastagens naturais e artificiais, mata nativa e áreas de reflorestamento, com acácia negra e eucalipto.

Economia

Com o objetivo de satisfazer as necessidades vitais, o imigrante-colono começou a desenvolver atividades através da agricultura e da criação de gado, pois estas lhe forneceram os produtos básicos para sua sobrevivência.

Abrindo as picadas e derrubando a mata, iniciou suas atividades plantando produtos de subsistência. E até hoje, a agricultura e a pecuária praticadas em ivoti são feitas em pequenas propriedades do tipo familiar, onde se cultiva aipim, milho, cana-de-açúcar, batata-doce, frutas e verduras. Alguns produtos são cultivados com fins comerciais, como os hortifrutigrangeiros produzidos na Colônia Ivoti.

O cultivo de flores, favorecido pelo tipo de solo no Município, embeleza os jardins e concorre para que Ivoti seja, de fato, a "Cidade das Flores".

A Colônia Ivoti, localizada no Vale das Palmeiras, foi criada em 1966 com a vinda de duas famílias de imigrantes japoneses, Sasada e Tanisaki. Possui uma área de cerca de 200 habitantes, dividida em 37 lotes, dos quais 7 ficam em Dois Irmãos e 30 em Ivoti.

Atualmente, os principais produtos cultivados na Colônia Ivoti são as uvas de mesa, o kiwi, a bergamota, o caqui, as flores naturais (tanto para produção de mudas como para ornamentação) e as hortaliças (para consumo e produção de mudas). A agricultura desenvolvida é intensiva, com tecnologia importada e adaptada aos solos e clima da região.

O desenvolvimento da pecuária no município tem por objetivo, principalmente, a produção de leite. Entretanto, além da bovinocultura, destacam-se também a avicultura e a suinocultura.

Dentre as atividades industriais, destacam-se as do ramo coureiro-calçadista, de alimentação (incluindo laticínios) e de confecções (malharias).

Aspectos Religiosos

Dos imigrantes que vieram para esta região, cerca de 68% eram protestantes e 32% eram católicos. Para eles, a religião teve grande importância, pois somente através de sua organização em comunidades religiosas é que conseguiram preservar a sua língua e a sua cultura, e dar aos seus descendentes mediante a criação de escolas, a educação básica, já que o governo brasileiro não ofereceu apoio e as condições necessárias para o seu desenvolvimento.

Em 1834, um grupo de imigrantes católicos começou a se reunir, e em 1857 foi feito o lançamento da pedra fundamental da primeira Igreja Católica de Bom Jardim. Nesta época, já dispertava como líder da comunidade o professor Mathias Schütz (1821-1896), nascido na Alemanha que trabalhou em Ivoti por longos 50 anos.

A origem da Igreja Evangélica de Ivoti data de 1846, e Picada 48 Baixa, passando a atender também Bom Jardim, por volta de 1874. A pedra fundamental da Igreja Evangélica foi lançada em 1868. É importante destacar que a comunidade evangélica de Picada 48 Baixa é uma das mais antigas do Rio Grande do Sul.