Fusão entre o Oriente e o Ocidente

ANDYE IORE E SIMONI SARIS
Da Gazeta do Povo on line

Os japoneses que ajudaram a desbravar as terras vermelhas do Norte do Paraná fizeram muito mais do que contribuir para o progresso econômico da região. Aos poucos, os costumes cultivados pelos orientais foram deixando os núcleos fechados dos lares e hoje, as artes, a culinária e os costumes nipônicos foram incorporados pelos ocidentais. “A partir do momento em que os elementos da cultura japonesa são incorporados pelos não-descendentes, a cultura torna-se eterna. Temos a certeza de que não vai acabar”, comemora Mity Shiroma, que é coordenadora do Londrina Matsuri, festa japonesa que acontece anualmente em Londrina e já completa cinco edições.

Mity confirma que a aproximação do Oriente com o Ocidente geralmente se dá pela culinária, mas esse é só o primeiro passo para o contato com todos os elementos culturais do Japão. “Todo mundo é pego pelo estômago. Aqui, ninguém foge à regra.”

A comunidade nikkei em Maringá é formada por aproximadamente 20 mil pessoas. O principal ponto de encontro é no clube Associação Cultura e Esportiva de Maringá (Acema).

A colônia é exemplo de como é possível integrar culturas diferentes e da participação nipônica no desenvolvimento estadual como ações sociais (asilos), esportivas (beisebol, tênis de mesa, judô) artísticas (dança, canto, artes), gastronomia, agrícolas, políticas, entre outras. “Os setores com mais influência são a cultura e a gastronomia”, aponta o professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá

(UEM), João Fábio Bertonha. “Nunca vi uma cidade que come tanto sashimi e sushi como em Maringá.”