Treinamento mostra como agir em caso de calamidades

Exercícios acontecem justamente em um momento de preocupação dos brasileiros com o terremoto de Tokai

do IPC Digital

Com o objetivo de conscientizar a população sobre as conseqüências de um terremoto, foi realizado em Oizumi (Gunma), um treinamento de prevenção contra calamidades naturais. O evento envolveu cerca de 850 pessoas do corpo de bombeiros, polícia, exército e voluntários das associações de bairros da cidade, que se reuniram no último dia 26. Um grupo de 54 brasileiros, entre alunos, pais e professores do Instituto Educacional Gente Miúda, também pôde conhecer os procedimentos adotados em caso de terremoto.

Nas margens do rio Tonegawa, sob forte calor, foram realizados treinamentos de refúgio, demonstrações de primeiros-socorros, extinção de incêndio, salvamento de vítimas em caso de acidentes de trânsito, resgate em helicóptero e confecções de barreiras em caso de inundações. O exército mostrou também como é feita a preparação de comidas instantâneas em caso de catástrofes. O último treinamento desse porte na cidade, envolvendo várias instituições, ocorreu em 2004.

O treinamento foi feito justamente em um momento de preocupação dos brasileiros com o Tokai Jishin. A reportagem veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, deixou muitos preocupados com o forte tremor previsto para ocorrer na região de Tokai, zona que engloba Shizuoka e Aichi, províncias com grande concentração de brasileiros. “Não sabemos quando pode acontecer. Espero que não ocorra tão cedo”, destaca Tânia Assato, 39, também de Oizumi.

Há 15 anos no arquipélago, a brasileira já participou de outros três cursos do tipo e ressalta a importância dessas instruções. “Na hora em que acontece, já sabemos o que fazer. Sempre faço o possível de participar”, garante.

Prevenção é a palavra-chave. Tanto que na casa, Tânia já tem preparado o kit de emergência, com produtos de primeiros-socorros, medicamentos, comida e água. “Terremoto ainda é algo que tenho medo e assusta bastante, pois não sabemos como pode ser”.