Pesquisa comprova alto poder de consumo dos brasileiros no Japão

Segundo uma reportagem do Jornal Tudo Bem, o poder de compra dos brasileiros residentes no Japão é alto interessa sobremaneira os empresários japoneses. Em apenas três províncias japonesas pesquisadas, potencial da comunidade verde-amarela é equivalente a 142,8 bilhões de ienes. O estudo foi feito pelo Instituto de Pesquisa Kyoritsu, da província de Gifu, mas incluiu também hábitos de consumo dos brasileiros residentes em Aichi e Mie.
Leia abaixo a matéria.

Os brasileiros têm contribuído significativamente com a economia japonesa. Com o movimento dekassegui, eles preencheram vagas em fábricas quando o país carecia de mão-de-obra. Nesse período, guardavam tudo que podiam e enviavam a maior parte de seus ganhos a seus familiares no Brasil. Agora, mais adaptados à sociedade japonesa e prolongando a estadia no arquipélago, chegou a vez de contribuírem novamente com a economia, mas desta vez como consumidores.

De acordo com um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Kyoritsu, de Ogaki (Gifu), os 72 mil trabalhadores que participaram do levantamento de 2005 e residiam nas províncias de Aichi, Gifu e Mie tinham um poder de compra real equivalente a 142,8 bilhões de ienes.

Apesar de Shizuoka (segunda maior província com brasileiros) não ter sido incluída no estudo, os dados são representativos da comunidade e indicam que esse poder de compra é muito maior quando se pensa no todo, assim como sua contribuição ao Japão, visto que o número de adultos ativos e com emprego é majoritário entre os 312 mil brasileiros registrados no arquipélago.

Perfil
A pesquisa realizada pelo Instituto Kyoritsu é importante pois traz informações adicionais que mostram o perfil do brasileiro nessas três províncias e que costuma se repetir com pouca variação em outras regiões. Tomando-se como base o estudo, sabe-se que esse brasileiro ganhava cerca de 300 mil ienes por mês.

Do total recebido, uma boa mordida, ou o mesmo que 27,6%, era destinada a gastos não relacionados a consumo, como impostos. Outros 8,6% correspondiam a remessas e 12,4% destinados à poupança, o famoso pé-de-meia que força a vinda dos brasileiros ao Japão, mas que diminuiu consideravelmente ao longo dos últimos anos.