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Pesquisa destaca poder de consumo dos brasileiros no Japão

do ipcdigital.com

Brasileiros respondem por cerca de 0,28% do PIB de três províncias de Tokai (Aichi, Gifu e Mie)

Instituto destaca a importância cada vez maior do poder de consumo dos brasileiros na economia regional de Tokai

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Kyoritsu, localizado em Kani (Gifu), avaliou o poder de consumo dos brasileiros residentes em três províncias da região Tokai (Aichi, Gifu e Mie) e como isso influencia na economia regional.

Dos 110 mil brasileiros registrados nessa região até o final de 2005, um total de 72 mil trabalham. Essa parcela chega a movimentar ¥ 142,8 bilhões no comércio doméstico, o que corresponde a 0,28% do PIB de Tokai. Do total da renda dos trabalhadores, estimada em ¥ 257,5 bilhões, cerca de ¥ 48,2 bilhões são enviados ao exterior enquanto outros ¥ 39,4 bilhões são aplicados em poupanças.

O Instituto destaca a importância cada vez maior do poder de consumo dos brasileiros na economia regional.

Os ¥ 142,8 bilhões gastos pelos brasileiros em consumo na região chega a ser proporcional ao faturamento de um ano da rede de lojas de departamentos Matsuzakaya de Nagoya (Aichi), que no ano fiscal 2006 totalizou ¥ 139,9 bilhões em vendas.

Segundo revelou o chefe de pesquisa do Instituto Kyoritsu, Hiroaki Taga, em comunicado à imprensa, "os brasileiros sustentam a economia de Chubu, tanto pelo lado da produção como pelo consumo".

:: A influência dos brasileiros na economia de Chubu ::

Número de trabalhadores72.000 (64.800 em fábricas e 7.200 em outras áreas)
Renda anual individual¥ 3,60 milhões no setor manufatureiro
¥ 3,36 milhões em outras áreas
Renda total¥ 257,5 bilhões (¥ 233,3 bilhões no setor manufatureiro e ¥ 24,2 bilhões em outras áreas)
Renda bruta¥ 230,4 bilhões
Remessas ao exterior¥ 48,2 bilhões
Poupança¥ 39,4 bilhões
Consumo doméstico ¥ 142,8 bilhões

Fonte: Instituto de Pesquisa Kyoritsu

Dicas para economizar no Japão

Jornal Tudo Bem - Dicas para economizar no Japão

Dicas para economizar no Japão
Com planejamento e força de vontade, é possível sair das dívidas e realizar os sonhos, como um carro novo, uma viagem ou a casa própria
Tudo Bem

A dificuldade financeira aflige a grande maioria dos brasileiros. São pessoas que não pertencem à privilegiada classe social que concentra, para si, 46,9% da renda nacional e representa apenas 10% da população brasileira: os ricos. Esses dados colocam o Brasil em 8° lugar no ranking de países com maior desigualdade no mundo.

Dívidas no cartão de crédito, dificuldades em quitar as contas, um salário que mal paga um convênio médico ou a escola das crianças. Quem se equilibra na corda bamba do cobertor curto, não pense que está sozinho, pois integra os outros 90% da população nacional.

O que resta para cerca de 160 milhões de brasileiros é administrar migalhas e prevenir o mal maior, para evitar afundar no movediço poço das dívidas. Um bom caminho para isso é o exercício da economia familiar.

O inimigo principal, nos tratados dessa economia, é o aficionado em compras, uma constante patologia no divã da psicóloga Sônia Regina Naves. “A questão, contemporânea, já pode ser classificada como vício, ao lado do fumo, bebida e jogo, carecendo de tratamento adequado”, revela.

Na visão da economista familiar Neuza Maria da Silva, são comuns as famílias que mordem a isca dos longos crediários e acabam se rendendo ao consumismo, ferindo, assim, o princípio básico de uma renda familiar saudável: despesas maiores do que a receita.

“Gastos são feitos de forma desnecessária. As facilidades de crediários e cartões levam a aquisições impensadas. Logo, a realidade bate à porta e a pessoa percebe que não conseguirá arcar com a dívida”, raciocina Neusa. De acordo com a economista, o primeiro passo é colocar tudo no papel e ter rígido controle de gastos.

“É preciso estabelecer metas e segui-las à risca, fugir dos gastos desnecessários e compras impensadas. Ensinar aos filhos, desde cedo, o valor do dinheiro e a economizar, optando por escolhas mais adequadas e acessíveis.”

A dona de casa Miyoko Oshiro seguiu o conselho dado pela economista familiar. Graças ao exercício da economia, através do corte em despesas desnecessárias e o bom senso no momento de gastar, Miyoko conseguiu, junto com seu marido, pagar os estudos dos três filhos, que moram com o casal.

“Estudo é prioridade. Quem não o tem sofre para conseguir emprego. É um investimento”, diz. Miyoko procura passar os mesmos critérios aos filhos: “Eu pego no pé deles. Não deixo que gastem com bobagens. Eles acham ruim, mas não paro, pois é para o bem deles”, conclui.

Organização
Coloque tudo no papel, todas as despesas e rendas. Faça as contas e não gaste mais do que pode. Uma boa organização é fundamental para pagar as contas em dia e evitar juros.

Seja consciente
Evite muitas compras supérfluas, que não são realmente necessárias. Gaste com o que é mais importante no momento. Não caia na tentação de crediários e cartões de crédito. Os juros podem complicar o balanço no fim do mês. Compras a prestação podem aumentar o valor do produto. Saiba esperar o melhor momento para comprar

Planejamento
Estabeleça metas para adquirir a longo prazo. Anote o que você deseja para vários intervalos de tempo e se esforce para cumprir o planejamento. Invista em aposentadoria privada, pois é uma garantia para uma velhice com estrutura.

Economize
A economia está nas pequenas coisas. Preste atenção nos gastos no final do mês, a diferença vai aparecer. Economize luz, gás e água. Além de diminuir as despesas, o meio-ambiente agradece

Negocie
Sempre pechinche no momento da compra. Descontos sempre são bem vindos. Às vezes é importante negociar até com os filhos. Mostre que eles não podem ter tudo e dê opções para eles escolherem. Ensine o valor do dinheiro e seus filhos também farão isso quando tiverem suas próprias famílias

Principais causas de endividamento
1- Despesas de fim de ano
2- Casa própria ou ampliação do imóvel
3- Carro novo
4- Desemprego
5- Manutenção do “padrão de vida”
6- Despesas ocultas, pequenos gastos que acumulam
7- Falta de planejamento e controle de dívidas
8- Desventura, alcoolismo, vícios em gera

Melhora da economia neutraliza a incerteza política no Japão

Do site Ultimo Segundo, editoria de Economia

31/07 - 04:48 - EFE

Gonzalo Robledo Tóquio, 31 jul (EFE).- A melhora do emprego no Japão e a alta da despesa das famílias, anunciadas hoje, se somam às previsões otimistas da Bolsa de Valores de Tóquio e neutralizam a incerteza da cena política após a derrota do Governo nas urnas.

Hoje o Governo anunciou que o desemprego no Japão ficou em 3,7% em junho, com uma queda de 0,1 ponto percentual em relação a maio. O nível é o mais baixo em nove anos. Os analistas previam que a taxa se manteria em 3,8%.

A evolução, que representa 530 mil pessoas empregadas a mais, elevando o total a 64,91 milhões, foi mais forte entre os jovens. À medida que os "baby boomers", nascidos após a Segunda Guerra Mundial, se aposentam, a nova geração toma as rédeas da economia.

O aumento do emprego beneficiou a indústria, o varejo e os atacadistas. E o índice também se refletiu na despesa das famílias.

A despesa média das famílias japoneses subiu 0,1% em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior, até ¥ 280.587 (US$ 2.340). Foi o sexto mês consecutivo de melhora, levando os analistas a identificar um avanço lento mas sustentado.

No entanto, para parte dos analistas a alta foi "insuficiente" para incentivar uma elevação dos juros. O Banco do Japão mantém a taxa básica em 0,5%, o nível mais baixo do mundo industrializado.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei atravessa uma seqüência de baixa, atribuída às quedas em Wall Street. Mas os analistas prevêem uma recuperação gradual, que leve aos 19 mil pontos até o fim do ano.

Os investidores japoneses, segundo os analistas, vão se concentrar nos bons resultados das empresas do país, beneficiadas pela expansão global. Assim, o Nikkei deverá entrar numa curva de alta.

A Bolsa mostra otimismo num momento em que o Governo de coalizão acaba de perder a maioria no Senado, após as eleições de domingo passado. O primeiro-ministro, Shinzo Abe, continua sob pressão para renunciar.

A possibilidade fortaleceria as esperanças do mercado financeiro de um adiamento da alta do imposto sobre o consumo, proposta pelo governante.

Alguns analistas políticos, porém, descartam uma renúncia de Abe, citando a falta de candidatos viáveis entre os dois partidos da coalizão governante. Eles acreditam que a derrota na Câmara Alta vai acelerar as reformas econômicas.

A imprensa financeira acusa a Abe de atrasar as reformas, tirando competitividade da economia japonesa, enquanto a população envelhece e o Japão apresenta o maior déficit fiscal dos países desenvolvidos.

Uma análise do jornal "Nikkei" afirma que a falta de clareza de Abe despertou críticas no eleitorado das zonas rurais, que considera que suas reformas polarizam a economia das diversas regiões. Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro sofre a rejeição dos eleitores urbanos, que temem que as mudanças não sejam suficientes.

A perspectiva da continuidade de Abe no Governo e o bloqueio de suas leis por parte da oposição levou os diretores das patronais a pedir ao Partido Democrático, que controla agora o Senado, que situe a economia acima dos interesses partidários.