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JET Programme tem inscrições até 18/01

O JET Programme, programa de intercâmbio e ensino que leva jovens estrangeiros para atuar em repartições públicas japonesas, está com inscrições abertas para o ano de 2008 para as províncias de Nagano, Shizuoka e Shiga e para a cidade de Iwata, em Shizuoka. O prazo vai até dia 18 de janeiro.

Os selecionados, que trabalharão como coordenadores de relações internacionais, irão atuar em escritórios do governo local ou em instituições correlatas. Entre outras funções, podem ser responsáveis pelo aconselhamento de crianças brasileiras em escolas japonesas, pela assistência a trabalhadores brasileiros residentes na região e no auxílio do planejamento de atividades de grupos locais.

Entre os requisitos necessários, estão: fluência na língua japonesa (escrita e conversação), nacionalidade brasileira (quem tem dupla nacionalidade precisará renunciar à nacionalidade japonesa) e ter formação universitária ou conclusão até a data de partida a ser determinada pelo governo japonês.

O Brasil participa do JET Programme desde 1995. Até 2007, 84 brasileiros participaram do programa. Mais informações sobre os requisitos, as funções do coordenador de relações internacionais e os documentos necessários para a inscrição, podem ser encontradas no site do consulado.

Serviço:

  • Inscrições para o JET Programme 2008
  • Onde: Vagas nas províncias de Nagano, Shizuoka e Shiga e no município de Iwata, em Shizuoka
  • Inscriçoes: para quem mora em SP, MT, MS e Triângulo Mineiro devem ser feitas no Consulado Geral do Japão em São Paulo (avenida Paulista, 854, 3º andar), das 9h às 12h ou das 14h às 17h. Para outras localidades, consultar o site do consulado
  • Quando: Inscrições até 18 de janeiro
  • Contato: Tel.: (11) 3254-0100
  • E-mail: cgjcultural4@arcstar.com.br
  • Site: http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/cultura_jeta.htm

Apoio financeiro para educação de estrangeiros

Jornal Tudo Bem - Apoio financeiro para educação de estrangeiros

Apoio financeiro para educação de estrangeiros
Governo japonês decidiu iniciar um projeto de apoio ao ensino do idioma japonês para estudantes estrangeiros

De olho no aumento da demanda de alunos estrangeiros nas escolas públicas, o Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão decidiu iniciar um projeto de apoio ao ensino do idioma japonês para esses estudantes que freqüentam o shogaku, chugaku e koukou. Até então, essa tarefa ficava a cargo das associações comunitárias, de acordo com reportagem do jornal Yomiuri.

O projeto consiste em apoiar as ações das associações comunitárias, através de concessão de verba para a contratação de funcionários fixos, fluentes em japonês e em outras línguas estrangeiras. O objetivo é ampliar o número de aulas com tradução simultânea, ou as aulas especiais de japonês.

Segundo pesquisas realizadas pelo Ministério, em maio de 2006 haviam 70.936 alunos estrangeiros freqüentando as escolas públicas. A pesquisa apontou que, desse total, 22.413, distribuídos em 5.475 escolas, não compreendiam as aulas por desconhecerem a língua japonesa. Esse número indica um aumento de 8,3% em relação a 2005 e tende a aumentar a cada ano.

A principal razão reside no aumento repentino de imigrantes, provenientes, principalmente, da América do Sul. De fato, separados por língua pátria, a pesquisa mostrou que os três maiores grupos de estudantes estrangeiros são os que falam português (38%), seguidos pelos que falam chinês (20%) e os de língua espanhola (15%).

Dentre esses alunos, há exemplos tristes que resultaram da dificuldade de se comunicar em japonês, como a não adaptação à vida escolar, problemas de comportamento e até mesmo atos criminosos.

Diante da preocupação com o crescimento dos problemas que envolvem os estudantes estrangeiros, provocados pela incompreensão do japonês, o Ministério decidiu apoiar as ações das associações comunitárias. Cerca de 1,96 bilhão de ienes do orçamento de 2008, está reservado para disponibilizar aproximadamente 1,6 mil profissionais capacitados pelo Japão.

Universidade online: ótima oportunidade para quem está fora do Brasil

Li no excelente Burajiru!

Erica faz um tratado sobre a possibilidade de se fazer curso superior em língua brasileira no Japão, além da faculdade de administração de Brasilia, já citada aqui. Ela conta que "temos mais duas universidades online que admitem estudantes no Japão e Angola: a Universidade Católica de Brasília, e a Faculdade Interativa COC." Leia no post dela sobre os preços e cursos disponíveis.

Trabalho fora das fábricas

Se você não se enquadra no visto de descendente ou quer uma vaga fora das indústrias, pode tentar encontrar um emprego especializado no Japão.

Nem sempre é fácil conseguir emprego no Japão. Fique atento as dicas do Portal do Intercâmbio:

Encontrar trabalho no Japão pode ser uma difícil tarefa para estrangeiros.
A princípio, uma das melhores opções de trabalho no Japão é como professor de inglês. Para ensinar o idioma inglês no Japão é exigido graduação universitária ou títulos como o TOEFL.
Brasileiros com ascendência japonesa têm maior facilidade em obter empregos em indústrias e empresas nipônicas.
Sites de ofertas de emprego
  • www.manpower.co.jp
  • www.daijob.com/wij/ - site específico para estrangeiros que vivem no Japão e estão em busca de uma oportunidade de trabalho
  • http://job.japantimes.com/
  • www.i-jobshop.net
  • www.careercross.co.jp
  • www.adeccocareer.co.jp

Estágio
Para pesquisar vagas e oportunidades de estágio, consulte o seguinte site:
  • www.yamasa.org/internships

Oportunidades que vão além das fábricas

Estudantes estrangeiros encontram no Japão chance de se aprimorar no mercado de trabalho
Do ipcdigital.com
O Japão tem ampliado o leque de oportunidades de trabalho disponíveis para a crescente comunidade estrangeira no país, diferente do tradicional destino das fábricas adotado por boa parte dos brasileiros que imigraram nos últimos anos. A prova disso é que o número de estudantes de outros países que foram empregados por companhias japonesas bateu recorde em 2006, segundo o Bureau de Imigração do Ministério da Justiça. No ano passado, 8.272 estrangeiros encontraram emprego fixo no Japão, o que dá um aumento de 40% em relação ao exercício anterior.
Essa abertura de mercado não está passando despercebida por brasileiros como Leandro Teixeira, 27, que em 2005 saiu de Minas Gerais para fazer mestrado na área de engenharia de materiais no Japão e hoje tem um contrato com a multinacional Mitsubishi. “Na época, deixei meu emprego porque fiquei interessado em uma pesquisa que estavam desenvolvendo na Universidade de Tokyo, sobre a minha área de estudo. A Mitsubishi é uma das patrocinadoras desse projeto”, detalha o estudante, que no futuro pretende voltar ao Brasil para aplicar o que está aprendendo no país. Segundo Leandro, atualmente não há tecnologia suficiente sobre seu tema de pesquisa no Brasil.
De acordo com o ministério, cerca de 70% dos estrangeiros que foram contemplados com um contrato em terrritório nipônico, em 2006, encontraram vagas de trabalho nas indústrias, em setores como comércio exterior e negócios. Nas empresas que lidam com informática, essa quantidade chegou a 1.140, enquanto 479 pessoas obtiveram trabalho em instituições educacionais.
“Quando cheguei, havia discriminação contra estrangeiros e não tinha demanda nas empresas. Agora é diferente”, destaca Robson Hayashida, 31, que chegou ao Japão em 1996 para fazer o colegial técnico e acabou se graduando em engenharia da computação, para posteriormente obter o título de mestre pela Universidade de Tokyo.
Atualmente, Hayashida trabalha para uma companhia inglesa que atua em pesquisas sobre células-tronco, a ABCAM. Antes de ingressar no atual emprego, ele também foi funcionário da empresa japonesa NEC. “Penso em voltar para o Brasil no futuro, mas para abrir meu próprio negócio”, acrescenta.
Os brasileiros representam hoje a terceira maior comunidade estrangeira do Japão, com cerca de 312 mil pessoas - o equivalente a 15% dos residentes de outras nacionalidades. No entanto, quase 90% das vagas de trabalho disponíveis para estudantes são aproveitadas por profissionais de nacionalidade asiática, segundo o Bureau de Imigração.
Os chineses foram os mais bem-sucedidos nos pedidos de troca de visto no ano passado, cerca de 6 mil ao todo - o que representa um crescimento de 43,3% em relação ao ano de 2005. Em seguida estão os sul-coreanos (944) e taiwaneses (200), que obtiveram altas de 26,4% e 19%, respectivamente.

Estudantes estrangeiros podem recorrer a bolsas

O Nippon Foundation é uma das entidades que financia os estudos de descendentes de japoneses

Do IPC Digital - ipcdigital.com
Ser bom aluno é pré-requisito ( )
Ser bom aluno é pré-requisito




No Japão, mesmo as universidades públicas são pagas. Dependendo do curso escolhido, a anuidade chega a custar até ¥ 10 milhões, como acontece em medicina. Por essa razão, os japoneses costumam planejar a economia da família enquanto os filhos nem começaram os estudos, já pensando na faculdade. No entanto, as famílias que não tiverem condições de assumir os custos da universidade podem recorrer às bolsas de estudo que são oferecidas no país.

O Nippon Foundation é uma das entidades que oferece bolsas de estudo para os descendentes de japoneses que tenham nascido em países da América Latina e Central, como é o caso dos nipo-brasileiros. Por ano, a associação disponibiliza cinco bolsas para os estudantes que tem interesse em cursar a universidade, pós-graduação ou fazer estágio no Japão.

O objetivo principal da entidade é promover o intercâmbio cultural e intelectual entre os países latinos e o Japão, dessa forma os alunos que querem vir para o país estudar ganham prioridade na disputa pela bolsa de estudo. "Dependendo do número de inscrições feitas por pessoas lá fora, fica disponível apenas uma bolsa para os nikkeis que vivem no Japão", conta Hernan Kitsutani, que é ex-bolsista da associação.

O Nippon Foundation surgiu em 1996, criado pela Nihon Senpaku Shinkookai (Associação de Barcos do Japão). Por lei, parte do valor arrecado em ingressos e apostas realizadas nas competições de lanchas devem ser destinados a atividades educativas, culturais e esportiva. Assim, surgiu a fundação, para promover o desenvolvimento dos projetos sócio-culturais da entidade.

Para se candidatar a bolsa de estudos da Nippon Foundation é indispensável que o candidato tenha ascendência japonesa, idade entre 18 a 35 anos e conhecimento da língua japonesa suficiente para viver no Japão e acompanhar as aulas do curso em que foi aprovado.

A escolha da instituição de ensino é feita pelo próprio aluno, assim como os trâmites da matrícula. "O benefício cobre qualquer faculdade e curso que o candidado escolher", explica Kitsutani. A bolsa tem duração máxima de 5 anos, sendo que, em caso de repetência, o benefício é cancelado.

As inscrições para concorrer às bolsas deste ano já estão abertas. O prazo final segue até o final do mês de julho. O formulário de inscrição está disponível no site da entidade (www.jadesas.or.jp/kenshu/scholarship/index_p.html) e pode ser preenchido no próprio idioma. Para aqueles que vivem no Japão, a bolsa cobre as despesas escolares e subsídios gerais, como moradia, passe escolar, seguro médico e gastos extras, como participação de estágios coletivos e congressos.

Seja um Coordenador de Relações Internacionais no Japão pelo JET Programme



Inscrições abertas até 10 de janeiro de 2007

São cinco vagas destinadas ao Brasil para atuar nas Províncias de Toyama, Shizuoka, Saitama, Shiga e na cidade de Nagahama-Shiga.

O JET Programme é a abreviatura do Programa Japonês de Intercâmbio e Ensino (The Japan Exchange and Teaching Programme) no qual jovens estrangeiros são convidados a atuar nas representações dos governos locais com o intuito de promover o enriquecimento do ensino das línguas estrangeiras, o intercâmbio cultural e a mútua compreensão entre as nações, através do fomento dos laços entre estes jovens e os japoneses.

É um programa realizado pelas repartições públicas japonesas com o apoio dos Ministérios da Administração, Assunto do Interior, Correios e Telecomunicações, dos Negócios Estrangeiros, da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia e do Conselho das Autoridades Locais para Relações Internacionais.

Este programa, renovado anualmente, teve início em 1987 com a cooperação dos governos dos países participantes. Em 2006, contou com 5.508 participantes de 44 países.

O JET Programme alcançou excelente reputação ao longo de sua existência e é de fundamental importância que esse status seja mantido. Tendo em vista o fato de que os participantes são convidados ao Japão como representantes de seu país, espera-se deles uma atitude responsável em todas as suas atividades, especialmente as concernentes à promoção do mútuo entendimento entre as nações.

CIR (Coordinator for International Relations)
O coordenador de relações internacionais é responsável pelas atividades de internacionalização e atua em repartições do governo local ou em instituições correlatas (contratantes).

ATIVIDADES EXERCIDAS

(Obs.: O teor das atividades pode variar de acordo com a instituição contratante.)

1) Aconselhar crianças brasileiras em escolas japonesas e prestar assistência a trabalhadores brasileiros residentes na região.

2) Assessorar projetos relacionados às atividades de internacionalização realizadas pelo contratante. (Ex.: edição / tradução / supervisão de publicações em língua estrangeira; colaboração / auxílio nos programas de intercâmbio internacional; atuação como intérprete em visitas de estrangeiros e em eventos, etc.)

3) Colaborar no ensino da língua estrangeira para a comunidade local e funcionários da instituição contratante.

4) Auxiliar no planejamento e participar das atividades de grupos locais ou organizações envolvidas com o intercâmbio internacional.

5) Assessorar e criar atividades de intercâmbio relacionadas à conscientização e à compreensão das culturas estrangeiras para os residentes locais; e suporte aos estrangeiros residentes.

6) Outras responsabilidades definidas pelo contratante.


REQUISITOS

1) Fluência na língua japonesa (escrita e conversação).
2) Interesse pelo Japão e desejo de aprimorar os conhecimentos sobre o país.
3) Boa saúde física e mental.
4) Capacidade de adaptação às condições de moradia e trabalho no Japão.
5) Respeitar as leis japonesas.
6) Nacionalidade brasileira (exclui-se o residente permanente). (Aquele que possui a dupla cidadania japonesa deverá renunciar à nacionalidade japonesa antes de assinar o Termo de Compromisso do JET Programme.) .
7) Ter menos de 40 anos de idade até 01 de abril de 2007.
8) Dominar a pronúncia, ritmo, entonação e expressão oral das línguas portuguesa, além do domínio da linguagem moderna padrão, da redação e da gramática.
9) Não ter participado do JET Programme após 1997.
10) Não ser desistente do JET Programme em anos anteriores, após o recebimento da notificação do local de atuação. Contudo, poderá ser aberta uma exceção, caso seja constatado uma razão inevitável para a desistência.
11) Até o momento da inscrição, não ter residido no Japão, após 1999, por mais de 03 anos totalizados.
12) Estar motivado a iniciar e participar de atividades de intercâmbio internacional na comunidade local.
13) Formação universitária ou conclusão até a data de partida a ser determinada pelo Governo Japonês.

TERMOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO

O participante contratado pela repartição do governo local é considerado um funcionário público especial e a sua remuneração, o posto de trabalho, a despesa da passagem aérea de ida-e-volta, etc. serão custeadas pelo contratante.
O período do contrato, a princípio, é de 01 ano. Somente havendo acordo entre o contratante e o participante, o contrato poderá ser renovado por um período de 01 ano. Neste caso, a renovação do contrato poderá ser feita, no máximo, por 02 vezes. E, em casos muito especiais, até 04 vezes.

Remuneração

Cerca de 300.000 ienes mensais
(Aproximadamente, 2.600 dólares mensais)

Passagem aérea Passagem aérea de ida-e-volta

Horário de trabalho

35 horas semanais
(Normalmente, 02 dias de descanso – sáb. e dom.)
(Podendo variar de acordo com o governo local.)

Período do Contrato

01 ano
(A renovação do contrato poderá ser efetuada por até 02 vezes.)


Informações detalhadas (clique aqui)



INSCRIÇÃO

Período: até 10 de janeiro de 2007

Documentos Necessários (clique aqui)


EXAMES

Prova Escrita de língua japonesa e inglesa

Dia 12 de janeiro de 2007 (sex)
Horário: das 9h às 11h
Local: Consulado Geral do Japão em São Paulo

Entrevista e Prova Oral

(No mesmo dia da prova escrita, à tarde. Porém, caso número de pré-selecionados seja grande, será no dia 15 de janeiro – seg.)

CONTATO
Consulado Geral do Japão em São Paulo
Seção Cultural – JET Programme
Av. Paulista, 854 3º andar
São Paulo – SP 01310-913

Japan Society for the Promotion of Science (JSPS)


Destino: Japão

Por Lesley McKarney*


Quando Stephanie Curnoe terminou seu doutorado em física em 1997, ela não conseguiu encontrar pós-doutorado no Canadá. Então, como muitos outros PhDs em física, ela estendeu sua procura mundialmente, indo primeiro procurar em Israel e depois no Japão.

Apesar do apoio financeiro, sua bolsa de estudos para o primeiro ano no Japão, custeada pela Japan Society for the Promotion of Science (JSPS), (Sociedade Japonesa Para a Divulgação da Ciência), foi toda baseada no critério da ciência. "O que tem sido feito no Japão em termos de pesquisa em física é realmente o melhor do mundo", diz Curnoe. Desde que o Conselho Canadense de Pesquisa em Engenharia e Ciências Naturais (Natural Sciences and Engineering Research Council of Canada) (NSERC) começou a administrar a bolsa de pós-doutorado da JSPS em 1995, 78 canadenses aproveitaram a oportunidade para viver e trabalhar no Japão por um período prolongado. A JSPS financia por completo os pesquisadores canadenses para que realizem pesquisa de alto nível em laboratórios nacionais, corporações de pesquisa pública, e alguns institutos sem fins lucrativos, por um período de 1 a 2 anos.

A JSPS também opera programas de bolsas similares na Inglaterra e nos Estados Unidos, para assegurar um intercâmbio científico contínuo entre estes países. Espera-se que, durante o período no Japão, os pesquisadores estrangeiros tenham - além de realizar ciência - a oportunidade de aprender mais sobre o Japão e sua gente.

O NSERC recebe apenas umas 20 inscrições por ano para a bolsa - o que, de acordo com Lynda Laforest, da divisão de bolsas de estudos e intercâmbios, é bem abaixo da cota canadense. O Conselho seleciona os nomes das inscrições que recebe e a JSPS tem decisão final sobre os candidatos adequados. Os candidatos ao pós-doutorado podem driblar a etapa do NSERC ao se inscreveram diretamente na JSPS, mas Laforest diz que as chances são melhores quando a inscrição é feita através do NSERC. O trâmite todo leva de 2 a 3 meses, mas pode chegar a um ano.

Para a maioria dos candidatos, a parte mais difícil exigida no processo de inscrição é achar de um laboratório para ir. Isso se deve em parte ao enorme número de excelentes laboratórios japoneses disponíveis para escolha. "Não há nenhum laboratório no Canadá que se compare com aquele onde trabalhei no Japão", diz Curnoe. "As instalações dos núcleos de pesquisa são muito superiores."

Mas não são apenas as instalações que tornam os laboratórios japoneses tão atraentes para os físicos. "É um network de pesquisa muito mais coeso, especialmente em pesquisa de materiais, por exemplo, onde muitos laboratórios em todo o país têm a oportunidade de colaborar", diz Curnoe. Mesmo assim, o contato inicial com um laboratório foi um pouco difícil, ela acrescenta, e sua inabilidade para se comunicar em japonês fez com que todo o processo se tornasse "meio frustrante". Finalmente, Curnoe contou com a recomendação de um conhecido seu japonês para achar seu pesquisador anfitrião. "No final, deu tudo certo."

A habilidade de falar japonês não é um pré-requisito para as bolsas de pós-doutorado da JSPS, mas certamente facilita muito os desafios da vida por lá, diz Mami Ueno, especialista em navegação. Ueno se mudou do Japão para o Canadá há nove anos. Hoje é cidadã canadense, mas recentemente voltou ao Japão por dois meses como bolsista convidada da JSPS, para trabalhar na divisão governamental de navegação por satélite do Electronic Navigation Research Institute (Instituto de Pesquisa da Navegação Eletrônica). Ueno admite que os estrangeiros sentem dificuldade para se ambientar assim que chegam ao Japão. Ela também explica que os japoneses podem passar muitos anos aprendendo inglês na escola mas, apesar disso, muitos têm dificuldade de comunicar o que aprenderam. Ueno sugere que aprender um pouco de japonês antes de sua visita pode "facilitar o seu dia a dia no Japão, como por exemplo, fazer seu pedido em um restaurante e pedir informação para chegar em determinado lugar". É também considerado de bom tom cumprimentar os japoneses na língua natal.

Curnoe concorda: "Eu não falava uma única palavra de japonês quando cheguei lá, teria facilitado em muito minha estada se eu soubesse falar um pouco."

Calculada em aproximadamente CA$60,000 (60.000 dólares canadenses) ou US$39,399.35 (quase 40.000 dólares americanos) por ano, a bolsa de estudos da JSPS é consideravelmente mais generosa do que a média de salário de um pós-doutorado no Canadá, mesmo incluindo a passagem aérea de ida e volta para o Japão e os custos de mudança. Mas o seu poder de compra vai depender muito de onde você mora. Ueno diz que o custo de vida na área central de Tóquio é "assustador" e, apesar de haver moradia mais em conta nos subúrbios, a viagem pode ser muito difícil. "Viajar em um trem de Tóquio é horrível. É muito além do que se pode imaginar", acrescenta Ueno.

No entanto, Curnoe achou que o salário foi mais do que suficiente para viver confortavelmente enquanto trabalhava nos arredores de Tóquio na University of Tokyo`s Institute for Solid-State Physics em Kashiwa, mesmo que o local ali fosse um pouco menos interessante.

Qual o melhor conselho que estes cientistas têm para oferecer aos canadenses que pretendem fazer pesquisa no Japão? Escolha seu laboratório e o cientista anfitrião com muito cuidado, para garantir uma transição tranqüila à sociedade japonesa. Curnoe diz que, graças ao seu orientador japonês, ela teve a rara oportunidade de observar a complexidade sociológica do ambiente de trabalho do país. "Eu tive um ótimo orientador e fui incluída em muitas atividades sociais que giravam em torno das pessoas do seu grupo de pesquisa". Isso, diz Curnoe, lhe deu uma visão interna da "estrutura da ciência" no Japão, algo que de outra forma seria impossível.

Quando você acha o anfitrião certo as recompensas são muitas, Ueno contribui. "Quando você se torna amigo de um japonês, ele será seu amigo para o resto da vida."

Rumo ao Japão

Muhammad Shariq Vohra passou dois anos muito produtivos no National Institute of Materials and Chemical Research (NIMC) (Instituto Nacional de Materiais e Pesquisa Química), em Tóquio. Ele achou as instalações do NIMC excelentes e, no geral, considera que a experiência lhe propiciou um bom início de carreira. "Nossos resultados foram publicados em periódicos indexados de reputação internacional. ... Também fizemos vários pedidos de patente," ele diz a Next Wave do Canadá.

Vohra preparou esta lista de links adicionais sobre programas de bolsa que certamente serão úteis para que você dê a partida inicial em sua carreira de pesquisa no Japão:

  • Ciência industrial e tecnologia: O Foreign Researcher Invitation Program (Programa de Convite ao Pesquisador Estrangeiro), ministrado pela Agency of Industrial Science and Technology (AIST) (Agência de Ciência Industrial e Tecnologia); a New Energy and Industrial Technology Development Organization (NEDO), (Organização de Desenvolvimento da Nova Energia e Tecnologia Industrial) e a Industrial Fellowship Program (Programa Industrial de Bolsa de Estudos)
  • Ciência natural, engenharia e medicina: Bolsas do Matsumae International Foundation (MIF) (Fundação Internacional Matsumae; auxílio a bolsas de estudo oferecidas pelo Japan Society for the Promotion of Science (JSPS) (Sociedade Japonesa Para a Dvulgação da Ciência) através do Japan International Science and Technology Exchange Center; (Centro de Intercâmbio Internacional de Ciência e Tecnologia do Japão) e bolsas de estudo da JSPS oferecidas através do Canadian Institutes of Health Research (CIHR, um patrocinador do Next Wave do Canada) (Institutos Canadenses de Pesquisa da Saúde)

Outros links úteis:

*Traduzido por Karen Shishiptorova