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Por que meus avós migraram

A propósito da estréia de Haru e Natsu na Band, relembrei os motivos que fizeram meus avós migrarem para o Brasil.
Batian veio para cá contra a vontade de sua mãe (já viúva) numa imposição do irmão mais velho, porque a companhia de imigração que os trouxe exigia que fosse uma família composta de "um casal mais um adulto". Consta que era a única filha mulher e que a mãe sentiu imensamente sua falta. A melhor amiga era esta prima com quem trocou cartas a vida toda e cujo filho ainda se corresponde conosco e atenciosamente recebeu a todos quiseram conhecer a propriedade onde Batian nasceu em Niigata - e que ele herdou.
O Ditian veio a convite do "sensei" (professor), que queria vir com a esposa e precisava deste "adulto" a mais. Aqui o sensei se entregou à bebida (dizem que por desgosto) e Ditian se viu sozinho e sem condições de retornar. Meu tio Massao contava que meu Hiditian (bisavô) era contra a viagem, mas não conseguiu dissuadir o filho e na viagem de trem até Kobe, porto do qual partiria com o sensei, deu-lhe um relógio caro de ouro, que meu Ditian poderia vender para retornar quando quisesse. A viagem era um sonho do menino de 14 anos, o desejo de fazer fortuna e ajudar o pai que perdera seus negócios de importação de madeira da Coréia (Fukuoka fica perto da Coréia) e era um viúvo solitário. Sem conseguir fazer a fortuna prometida e tendo seu relógio de ouro roubado pelo sensei, Ditian decidiu ficar em definitivo no Brasil e cortou
contato com os familiares no Japão.
E a história de sua familia, qual é?

Haru e Natsu na Band



Creio que os nikkeis que têm relacionamento mais íntimo com os dekasseguis ou que ainda têm Batian e Ditian ouviram falar da novela Haru e Natsu, produzida pela NHK. De Hashida Sugako, conhecida por aqui (na comunidade nikkei) pela novela "Oshin", foi transmitida por aqui no programa Imagens do Japão nos anos 1980.
Minha expectativa com Haru e Natsu é grande. Duas pessoas já me ofereceram para emprestar o Dvix e as inúmeras gravações me chamaram atenção. Pois agora não tenho mais a desculpa da falta de legenda para acompanhar esta história de duas irmãs que foram separadas pela migração e que usaram correspondência como forma de extravasar os sentimentos e tentativa de reduzir a distância. A história me lembra muito minha Batian que manteve (com sucesso) contato com uma prima por toda a sua vida brasileira - ela veio ao Brasil com 14 anos e faleceu aos 84 - e através de suas cartas e fotos podemos reunir a história de gerações dos descendentes das famílias Sudô (como se grafou no Brasil) e Sutou (como se grafa romanizado lá).
O Alexandre Sakai aproveitou o ensejo e fez um texto em homenagem a Haru, Natsu e Rosa Miyake, vale a pena conferir e relembrar.
(foi no blog dele, Armazén 14, que vi este trailler do youtube. Arigatô)

Band exibe superprodução da NHK e inicia comemorações do Centenário da Imigração Japonesa

A minissérie gravada em alta definição conta a história de duas irmãs separadas na infância. Saga é exemplo de drama real vivido por muitas famílias no inicio da imigração japonesa.

No ano do centenário da Imigração Japonesa a Band exibe Haru e Natsu - As cartas que não chegaram, uma superprodução da NHK, maior emissora de tv do Japão. A minissérie gravada em alta definição (HD) no Brasil e no Japão conta a história de duas irmãs separadas na infância por uma fatalidade: no porto de Kobe, no momento do embarque para o Brasil, um exame médico revela que Natsu está com tracoma ocular, o que a impede de viajar. Assim, a família Takakura, que foge da fome na província de Hokkaido, é obrigada a embarcar sem a filha caçula. Mesmo contrariada, Haru, a mais velha, segue com os pais rumo a um país desconhecido, e as duas irmãs se despedem às lágrimas, com a promessa de se reencontrarem. O ano é 1934 e marca o início de um drama que só teria um desfecho quase sete décadas depois.

Grande parte das cenas gravadas no Brasil tiveram como cenário uma fazenda de Campinas, no interior do Estado. A minissérie mostra as dificuldades que os primeiros imigrantes japoneses enfrentaram ao desembarcar em terras brasileiras. Todos vinham movidos pelo sonho de ganhar dinheiro e voltar alguns anos mais tarde para a terra natal com boa situação financeira, já que as lavouras de café pereciam promissoras.
Mas, ao chegar ao Brasil, a realidade era completamente diferente. A colheita era escassa, as despesas maiores que a renda, as moradias precárias e havia o preconceito em razão das diferenças culturais.

"A imigração japonesa produziu muitas histórias dramáticas e emocionantes como a retratada na minissérie. Haru e Natsu é especial porque pela primeira vez na tevê aberta o público poderá conhecer de perto a saga dessas famílias. Com a exibição dessa produção, a Band celebra a importante parceria iniciada há cem anos entre os dois países", afirma Elisabetta Zenatti, diretora de programação e artístico da Band.

Haru e Natsu reproduz o drama vivido por muitas famílias separadas pela imigração: Haru Takakura, a irmã mais velha, cumpre o destino de milhares de japoneses que vieram ao Brasil em busca de uma vida melhor. Trabalha em plantações de café e se habitua ao cotidiano das colônias. Mas apesar das privações no país distante de sua terra natal, se mantém rodeada pela família.
Enquanto isso no Japão, a solitária Natsu enfrenta as privações da guerra, presencia a reconstrução de seu país e vive a fase de crescimento econômico, se transformando em empresária de sucesso. Houve uma tentativa de contato. Por vários anos as irmãs escrevem cartas que nunca chegaram ao seu destino final, selando de vez a separação. Setenta anos depois, Haru finalmente consegue dinheiro para voltar ao Japão e tenta uma difícil reaproximação com sua irmã.

"O romance mostra o contraste entre uma mulher dentro de uma grande família e uma mulher solitária. Eu achei que escrevendo sobre o longínquo Brasil, poderíamos ter uma visão melhor do Japão", afirma a autora da minissérie, Sugato Hashida, de 80 anos e uma das mais renomadas roteiristas de teledramaturgia do Japão.

  • HARU E NATSU ESTRÉIA DIA 25/02, ÀS 22h, NA TELA DA BAND. A minissérie será exibida em oito capítulos.

Sobre NHK
Com 83 anos de existência, a NHK (Japan Broadcasting Corporation) é uma das mais antigas emissoras orientais é também a maior televisão japonesa. Líder em novas tecnologias, transmite 80% de sua programação em alta definição (HDTV system). A NHK tem desenvolvido pesquisas avançadas como a Super Hi-Vision, um sistema de ultradefinição com resolução 16 vezes melhor que o sistema HDTV.

Banco Real lança campanha homenageando nipo-brasileiros



A Lew'Lara criou para o Banco Real um comercial para a campanha que homenageia a tradição, os valores e a cultura dos nipo-brasileiros, inspirada nos cem anos da imigração japonesa no Brasil. Um detalhe que temos que lembrar é que este banco incorporou o antigo Sudameris, tradicional instituição financeira para as famílias japonesas-brasileiras.
Gosto do comercial do banco que está sendo veiculado atualmente, em que um nikkei aparece "en passent" com uma moça brasileira, assim, sem forçar nem parecer suhiman, simplesmente mais um no meio dos outros clientes... Novamente fico feliz, adoro ver descendentes nos comercias e espero que sempre tenha o bom gosto de não estereotipar ninguém.
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Lew'Lara cria para Banco Real homenagear tradições japonesas

VOX NEWS - 18/1/2008

Os cem anos da imigração japonesa no Brasil estão na nova campanha do Banco Real criada pela Lew'Lara. A ação presta uma homenagem a tradição, os valores e a cultura dos nipo-brasileiros. O comercial mostra uma artista de descendência japonesa usando técnicas de aquarela sobre um papel branco, cujo resultado final é um enorme mapa-múndi.

Segundo Márcio Oliveira, vice-presidente de Operações da Lew’Lara\TBWA, a campanha está alicerçada em valores da tradição oriental como respeito, determinação, disciplina e honra. A campanha é a primeira comunicação de 2008 que o Banco Real desenvolveu especialmente para o centenário da imigração japonesa.

Band apresenta a série Olhar Oriental

FUNDAÇÃO JAPÃO - Agenda

Band apresenta a série Olhar Oriental

Série Olhar Oriental estreou em março na Rede Bandeirantes. Projeto surgiu a partir de documentários produzidos por emissoras de TV públicas e privadas japonesas, intermediados pela Fundação Japão, dentro do Programa de Intercâmbio em Televisão.

Um novo olhar sobre a cultura japonesa. Estreou no dia 31 de março a série Olhar Oriental na Rede Bandeirantes. O projeto surgiu a partir de documentários produzidos por emissoras de TV públicas e privadas japonesas, intermediados pela Fundação Japão, dentro do Programa de Intercâmbio em Televisão.
No total, serão 30 programas veiculados pela Band e 5 programas pelo canal TerraViva, oferecendo ao telespectador uma oportunidade para conhecer o melhor do Japão.


A apresentadora Lidiane Shayuri

Ciclo do arroz

Na estréia, Olhar Oriental mostrou a produção de arroz no Japão, com todo o ciclo do cultivo nos arrozais japoneses, desde a preparação das mudas em estufas à colheita. O telespectador também viu as diversas técnicas de cultivo do arroz ao redor do mundo.

Sabores da Gastronomia

Dos arrozais para a mesa. Um episódio traz os pratos preparados ao redor do mundo e um bolo especial feito de arroz, o tradicional mochi. O telespectador conhecerá em detalhes o Donburi (tigela de arroz com variadas coberturas); o Lamen (macarrão); o Sukiyaki (cozido de carne e legumes) e o Tempurá (empanado de verduras, legumes e frutos do mar); entre outros pratos.

Tecnologia e Modernidade
A série também exibe o que há de mais avançado da tecnologia japonesa. Os robôs que salvam vidas, usados pela medicina e pela indústria, os robôs quase humanos e as incríveis micromáquinas japonesas, que só podem ser vistas com a ajuda de microscópios.

Esportes e Cultura

Na tela de Olhar Oriental, as artes marciais. O caratê, o Naginata (uma luta de lanças), o Kendô (uma espécie de esgrima), o Kyudo (arco e flecha) e o Sumô, um esporte tão conhecido e amado quanto o futebol para os brasileiros. E também um programa especial sobre os festivais japoneses, que levam milhares de pessoas às ruas.

Ecologia na Antártica
Olhar Oriental viaja até a Antártica. Lá, há exatos cinqüenta anos começava a funcionar a primeira estação de pesquisa japonesa, a base Showa. Da Antártica, pesquisadores monitoram o que acontece com a camada de ozônio e com a vida animal do continente.

Habilidades e meio ambiente
As técnicas dos ceramistas japoneses. Uma pequena cidade do interior chega a abrigar mais de 50 ateliês. E ainda o difícil treinamento das adestradoras de orcas, tudo sobre a pesca de abalone (um tipo de molusco), as técnicas de acupuntura e a produção de saquê.

Olhar Oriental desvenda também a história da exploração do carvão, que já foi chamado de diamante negro pelos japoneses, além do percurso da água na Terra.

Relacionamento com a comunidade

A Band mantém um estreito relacionamento com a comunidade nipo-brasileira, e também já entrou na contagem regressiva para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Graças à sua credibilidade perante a comunidade nikkei do Brasil e perante o governo japonês, o Grupo Bandeirantes conseguiu firmar um contrato com a NHK, a maior rede do Japão, para intercâmbio de matérias jornalísticas.

Além disso, é a única rede comercial brasileira a ser contemplada pelo Programa de Intercâmbio em Televisão, “The Promotion of TV Broadcasting Abroad Program”, através da Fundação Japão.


Próximo programa:
Dia 04/11 às 10h50

Sinopse

Jump with Orca

Subir nas costas de uma orca e ser atirado para o alto. A apresentação de uma adestradora e a orca é uma das mais populares atrações de um aquário. A orca é conhecida como a rainha do oceano por causa de sua inteligência e ferocidade. Seu adestramento é um trabalho perigoso, que requer muita habilidade. Neste programa, nós vamos acompanhar o intenso treinamento de uma jovem que se prepara para a sua primeira apresentação.


Serviço
Série Olhar Oriental
Estréia no dia 31 de março na Rede Bandeirantes
Acompanhe a programação no site da TV Bandeirantes
Realização: Rede Bandeirantes
Apoio: Fundação Japão

Vivendo nas sombras


Ontem assisti uma reportagem no Discovery Channel que falava sobre os imigrantes mexicanos que correm grandes riscos para atravessar a fronteira em busca de emprego nos Estados Unidos. O especial se chama Vivendo nas Sombras e mostra um panorama que, exceto pelo fato de serem ilegais, lembra um pouco das dificuldades e "ijime" que os brasileiros sofrem no Japão.
Vale a pena conferir.